A eletroterapia é utilizada como recurso terapêutico na Fisioterapia em diversas áreas de atuação. Utilizam-se as correntes elétricas afim de promover a reabilitação, tratando processos inflamatórios, cicatrização, analgesia e estimulação de contração muscular afim de recuperar e avaliar a funcionalidade. Devido à grande aplicabilidade, as correntes possuem parâmetros específicos para cada tipo de tratamento, fazendo com que as mesmas se diferenciem e facilitem o alcanço dos objetivos conforme a necessidade dos pacientes.
As correntes são classificadas como: direta, contínua, unipolar, monofásica ou unidirecional; também podem se classificar como alternada, pulsada, bipolares, bifásicas, bidirecionais. As correntes podem ser pulsadas unidirecionais ou bidirecionais simétricos, assimétricos balanceados. As mesmas são classificadas como: direta, contínua, unipolar, monofásica ou unidirecional; também podem se classificar como alternada, pulsada, bipolares, bifásicas, bidirecionais. Também podem ser classificadas como correntes de baixa frequência (até 1000 Hz – TENS, FES, Farádica, Galvânica, Diadinâmicas ou microcorrentes), média frequência (de 1000 Hz à 100 KHz – Interferencial (2000-4000 Hz), Russa (2500 Hz)) ou de alta frequência (maiores que 300 KHz – Ondas curtas (27MHz), Microondas (2450 MHZ)).
A corrente elétrica se dará através de um fluxo de elétrons entre os extremos de um condutor, de forma ordenada, quando submetidos à uma diferença de potencial. Sendo assim, por possuir ação vasodilatadora sobre os tecidos, a mesma impede a secreção de noradrenalida, uma vez que essa vasodilatação será produzida pela histamina. Porém as correntes podem ter ação ionizante, uma vez que a corrente unidirecional pode aumentar a permeabilidade da membrana celular, resultando no fenômeno da eletrólise. Podem estimular também a excitabilidade muscular, onde o tecido responderá com a contração. Outro efeito muito importante é a analgesia, uma vez que atua diretamente na inibição do estimulo nervoso (teoria das comportas da dor), ativando e produzindo substancias endógenas como as endorfinas. A corrente elétrica também será capaz de favorecer no reparo tecidual, aumentando a produção de ATP pelas células, aumentando a síntese de proteínas e revitalizando a área da lesão.
Por isso, as indicações para o uso da eletroterapia são: controle de dores agudas e crônicas; redução de edema; redução de contraturas; redução de aderência fascial, inibição de espasmos musculares; minimização da atrofia; reeducação muscular; consolidação de fraturas; fortalecimento muscular; cicatrização de lesões abertas e fechadas. Porém existem também contra-indicações, que são: incapacidades cardíacas graves; uso de marcapasso; gravidez; implantes metálicos expostos; seio carotídeo; ao redor dos olhos; obesidade mórbida.
Muitos estudos têm sido desenvolvidos em busca das melhores aplicações em diversas situações de reabilitação, uma vez que seus resultados têm sido cada vez mais satisfatórios, diminuindo assim também o tempo de tratamento e facilitando o retorno do individuo para suas atividades diárias. Quando a eletroterapia é utilizada em conjunto com outras técnicas e recursos terapêuticos, os resultados podem ser potencializados, trazendo assim resultados melhores e de melhor aplicabilidade.
Bibliografia: LOW, J.; WARD, A.; ROBERTSON, V.; REED, A. Eletroterapia Explicada: princípios e prática. 4ª ed. Elsevier Ltd. 2009.
AGNE, Jones E. Eletrotermoterapia: teoria e prática. Santa Maria: Pallotti, 2004.
KAHN, Joseph. Principios e prática de eletroterapia. 4ª ed. Vila Mariana, SP: Santos, 2001.
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