O processo de envelhecimento é uma constante na vida de cada indivíduo. Por isso, muito tem se falado em qualidade de vida em todas as fases, para que o processo de envelhecer seja o mais saudável possível. Sendo assim, muitas áreas se aperfeiçoaram e ampliaram-se, afim de trazer novos conceitos e técnicas quando o assunto é envelhecer. A fisioterapia geriátrica foi uma delas, que busca estudos constantes para compreender e melhorar a qualidade de vida de nossos idosos.
Por ser uma ciência em constante crescimento e desenvolvimento, a fisioterapia geriátrica tem trazido grandes novidades no que tange ao entendimento desse processo natural na vida de cada indivíduo. Quanto à atuação, a mesma busca reabilitar, prevenir e manter a funcionalidade do idoso em sua amplitude. As técnicas utilizadas para a estimulação dos idosos incluem exercícios ativos que buscam a manutenção do equilíbrio (sendo esse o principal fator de acometimento e desenvolvimento de patologias devido ao grande risco de quedas nessa faixa etária) e da funcionalidade como um todo.
A capacidade funcional na dimensão motora é uma das características mais enfatizadas no processo de envelhecimento. A perda da capacidade associa-se à predição de fragilidade, dependência, institucionalização, risco de quedas, morte e problemas de mobilidade que são percebidos ao longo do tempo. Por isso a fisioterapia visa melhorar tais condições de forma que o idoso possa sentir-se útil e capaz de realizar as próprias atividades sem que haja dependência de outras pessoas.
Porém, a fisioterapia também tem atividade constante em idosos que já apresentem alterações funcionais, patologias ortopédicas, traumáticas, neurológicas, cardiorrespiratórias, ou quando o mesmo já se apresenta em fase terminal pela senilidade ou por patologias. Dependendo de cada caso, a fisioterapia pode ser realizada em clínicas, instituições de longa permanência, hospitais e domiciliar, para que o acesso à mesma seja facilitado, possibilitando que o idoso tenha acesso ao recurso que promoverá sua melhora. Devido ao grande desenvolvimento, tem-se ampliado o acesso ao atendimento fisioterapêutico geriátrico, trazendo as mais diversas técnicas dentro da cinesioterapia, técnicas de mobilização, eletroterapia (analgesia quando necessário), além da recomendação da prática de atividade física assistida afim de ampliar os ganhos que a fisioterapia preconiza e como forma de manutenção do tratamento anteriormente iniciado.
Vale salientar que o profissional deve ter sensibilidade para entender que essa fase pode ser difícil de ser aceita tanto pelo próprio individuo como para a família, pois se trata da saúde de quem já muito viveu e muito proporcionou para todos que fizeram e fazem parte do seu convívio. Por isso a importância da compreensão do profissional no que tange aos sentimentos e emoções da família e do paciente, para que todo e qualquer auxílio possa ser prestado nessa fase tão especial da vida do indivíduo. Nesse aspecto, pode-se optar pelo atendimento multidisciplinar quando se julgar necessário, para que a assistência se dê de forma mais completa para que os resultados sejam os melhores a serem atingidos, tornando-se um processo prazeroso e gratificante na reabilitação de quem tanto viveu.
Bibliografia:
CORDEIRO, R.C, DIAS, R.C et. Al. Concordância entre observadores de um protocolo de avaliação fisioterapêutica em idosas institucionalizadas. Rev. de Fisioterapia. 2002; 9: 69:77.
CRAM, Fedrigo. Fisioterapia na terceira idade – o futuro de ontem é a realidade de hoje. Rev. Reabilitar, 1999; 5: 18:26.
http://ojs.fsg.br/index.php/livrosdigitais/article/viewFile/771/757
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