Com o aumento da incidência de patologias relacionadas ao sistema respiratório, a medicina tem evoluído em estudos buscando as melhores formas de tratamento de tais disfunções, no caso aqui abordada, a fisioterapia respiratória.
Essa especialidade busca com suas técnicas, a prevenção do surgimento de complicações respiratórias em pacientes que estiverem expostos a tal risco, seja em ambiente hospitalar, por fatores genéticos ou a permanência em ambientes que possam oferecer o risco de desenvolvimento de tais patologias. Outro aspecto importante que deve ser salientado em relação à fisioterapia respiratória é o tratamento de patologias agudas e crônicas, afim de liberar as vias respiratórias para que o ar circule livremente, para que a sua função seja preservada em sua integridade. Para que haja melhor desempenho da função respiratória, o fisioterapeuta pode utilizar de dispositivos e acessórios para estimular a expansibilidade pulmonar, desinsuflação, melhora da capacidade ventilatória, a mobilização de secreção para provocar a higienização brônquica e a expectoração.
A cinesioterapia nessa modalidade fisioterapêutica é de grande importância, propondo a melhora de função, estimulando a musculatura responsável pela ventilação a executar suas funções da forma mais adequada para cada quadro clínico. A aplicação das técnicas da fisioterapia respiratória inclui os atendimentos em ambiente domiciliar, consultórios, clínicas, hospitais e UTI’s, trazendo maior qualidade e eficácia na ventilação, assim como previne o surgimento de complicações principalmente nos pacientes acamados, entubados, comatosos, contidos ou mesmo os pacientes que são dependentes para a realização de AVD’s.
Além dos aspectos já citados, a fisioterapia também atua no paciente mais crítico, principalmente que permanece em ventilação mecânica. A fisioterapia promove a reabilitação trabalhando junto com os parâmetros que o ventilador apresentará (conforme a necessidade do paciente, definido pelo médico e pelo fisioterapeuta), buscando sempre o desmame do paciente, evitando assim a permanência por período prolongado no respirador artificial. Para que o paciente seja desmamado do ventilador, são realizados estímulos pelo fisioterapeuta durante e após o período do coma, assim como são realizados testes para que possa ser feito o desmame com sucesso, buscando a melhora constante do paciente sem que ele precise voltar para a ventilação assistida.
A fisioterapia respiratória também é muito utilizada em qualquer modalidade de pós-operatório quando o paciente necessitar permanecer por determinado tempo acamado. Por isso se faz necessário afim de que nenhuma complicação se instale devido ao tempo de repouso, fazendo com que haja acúmulo de secreção, diminuição de movimentação e redução de funcionalidade, trazendo dessa maneira complicações que podem afetar o paciente até gerar patologias como pneumonias, atelectasias e outras patologias relacionadas ao tempo de imobilização.
O profissional fisioterapeuta especializado na área respiratória deve ter conhecimentos avançados sobre sua área, buscando constantemente pelas atualizações e estudos que são desenvolvidos para trazer sempre as melhores técnicas e as melhores condutas para o paciente, afim de devolvê-lo a funcionalidade com maior eficácia e no mínimo de tempo possível, para que o mesmo possa recuperar sua integridade física e possa voltar às suas atividades normais.
Bibliografia: http://jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=1504 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-76382009000400021&script=sci_arttext
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