Invasão da Polônia

Cerca de 6 milhões de pessoas, quase 18% da população polonesa, foi morta durante a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista. Execuções em massa, campos de concentração e expulsões foram parte da realidade polonesa durante os 6 anos de ocupação, que durou de 1939 a 1945.

Com a assinatura do Tratado de Versalhes após sua derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha perdeu diversos territórios, dentre eles o chamado Corredor Polonês, que separava a Prússia Oriental do restante da Alemanha. Seguindo a “teoria do espaço vital”, era essencial para Hitler recuperar esse território e assim reunificar a Prússia Oriental à Alemanha.

Em 1º de setembro de 1939, soldados nazistas atravessaram a fronteira e marcharam para a Polônia. A Luftwaffe (Força Aérea alemã) enviou seus caças e bombardeiros para atacar campos de aviação, ferrovias, locais de concentração das tropas inimigas e qualquer outra coisa considerada importante para o comando das forças armadas polonesas. Era o primeiro Blitzkrieg (ataque relâmpago).

Dois dias depois, França e Grã-Bretanha, seguindo um acordo de intervenção que haviam assinado com a Polônia no caso de invasão deste país, declararam guerra à Alemanha. Tinha início a Segunda Guerra Mundial.

Em 17 de setembro, outra invasão: o Exército Vermelho (União Soviética) entrou no território polonês pelo leste. Dez dias depois, Varsóvia, a capital, se rendeu. Em pouco mais de um mês desde a primeira invasão, a Polônia deixou de existir como um país, passando a ser território ocupado por alemães e soviéticos. Em 24 de agosto do mesmo ano, os dois países assinaram o Pacto Molotov-Ribbentrop (Pacto Nazi-Soviético), que além da não-agressão entre eles, definia, através de um protocolo secreto, as intenções de ambos os países em relação à Polônia.

A superioridade do Exército Vermelho e do Wehrmacht, nome dado às Forças Armadas alemãs durante o Terceiro Reich, eram inegáveis, e 16 dias depois do início da invasão o governo polonês se retirou para a Romênia, instalando-se posteriormente em Londres como Governo em Exílio.

O pais foi imediatamente dividido entre soviéticos e alemães. Os primeiros ficaram com a região leste, incluindo a Bielorússia e o oeste da Ucrânia. Aos alemães coube a parte ocidental do país, declarado parte da Grande Alemanha, nome dado à combinação de territórios anexados à Alemanha de Hitler. A região central, incluindo Varsóvia, foi declarada colônia alemã e era administrada da Krakóvia por Hans Frank, advogado membro do Partido Nazista a quem Hitler confiou boa parte da administração do território conquistado.

A ocupação nazista foi mais longa na Polônia do que em qualquer outro país, o que deu mais tempo para a implementação de políticas racistas e segregacionistas contra aqueles considerados “inferiores racialmente”, como ciganos, judeus, homossexuais e deficientes físicos e mentais. Muitos deixavam suas casas sem destino específico e levando apenas o que podiam carregar. Tornavam-se refugiados em seu próprio país, e vagavam até mesmo a pé pelo país atrás de proteção.

Um exemplo da atuação nazista é a ocupação de Varsóvia: quando tomaram a cidade, os nazistas ofereceram comida à população local não-judia, encorajando que esses expusessem e delatassem judeus. Quanto mais a ocupação se consolidava, mais seu caráter antissemita se reforçava. Foi na Polônia que os nazistas criaram seu maior campo de concentração, Auschwitz-Birkenau, que funcionou de abril de 1940 a janeiro de 1945 como campo de trabalho forçado e extermínio.

Referências bibliográficas:

Sontheimer, Michael. Germany's WWII Occupation of Poland: 'When We Finish, Nobody Is Left Alive'. Disponível em:  .

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