Jean Cocteau

Jean Maurice Eugéne Cocteau, mais conhecido como Jean Cocteau, nascido no seio de uma família de classe média, na cidade de Maisons-Lafitte, no dia 5 de julho de 1889, foi renomado ator, diretor de cinema, poeta, escritor, pintor, autor de teatro, cenógrafo e escultor francês. Sua terra natal era um pequeno vilarejo nos arredores de Paris. Ele iniciou sua carreira literária aos dez anos, e ainda adolescente, com dezesseis anos, lançou seus primeiros poemas. Sua governanta alemã o influenciou profundamente neste período, introduzindo-o no universo artístico, na esfera das apresentações culturais públicas.

Sua estréia nas sessões de leituras poéticas se deu quando ele tinha 19 anos, por intermédio de seu amigo Edouard de Max. Dois anos depois ele recebeu outra marcante inspiração, advinda do contato com o diretor de uma companhia de atores russa, o qual subverteu sua maneira de ver o mundo. Sua principal criação literária foi a obra Clair-obscur, lançado em 1954. Uma de suas atitudes foi crucial em sua trajetória artística, a adoção de uma escrita mais profunda, repleta de críticas sociais, revolucionárias e inconformistas, que causaram polêmica e indignação na sociedade de então. Um exemplo desta guinada em sua existência foi a representação da sua peça Sacre de Printemps, em 1913.

No decorrer da Primeira Guerra Mundial ele trabalhou como condutor de uma ambulância, quando então encontrou Raymond Radiquet, que se tornaria a grande paixão de sua vida, e posteriormente se transformaria em um conhecido dramaturgo. Cocteau teve intensa participação em várias correntes artísticas, principalmente no Groupe des Six - Grupo dos Seis -, composto por Georges Auric (1899–1983), Louis Durey (1888–1979), Arthur Honegger (1892–1955), Darius Milhaud (1892–1974), Francis Poulenc (1899–1963) e Germaine Tailleferre (1892–1983). Além deles, também integraram este movimento artistas como Erik Satie e Jean Wiéner.

Depois desta fase de conflagração mundial, as famosas peças de Cocteau - Enfants terribles e A Voz Humana, esta um monólogo – foram entusiasticamente aplaudidas em Paris. Em 1930 ele finalmente aceitou trabalhar com o cinema, produzindo Sangue do poeta, Cabo da Boa Esperança, Opera e o Testamento de Orpheu, produção de François Truffaut. Homossexual assumido, nunca ocultou suas preferências sexuais. Não foi surpresa, portanto, seu affair com o ator Jean Marais, iniciado em 1937. Neste momento ele criou para o companheiro um personagem que protagonizaria o filme Knights of the Round Table. Além de ser o diretor e criador de sete filmes, ele também elaborou argumentos e atuou como narrador em outras películas. É hoje considerado um dos maiores cineastas franceses.

Em 1995 Jean Cocteau foi eleito membro da Academia Francesa. Entre seus principais amigos despontavam grandes artistas, como Edith Piaf, Jean Genet, entre outros. Ao perder seu grande amor, Raymond Radiquet, ele entrou em depressão e assim permaneceu por sete anos, cultivando incessantemente o vício do ópio. Ele faleceu em Paris, no ano de 1963, vítima de problemas no coração. Neste período ele empreendia um último projeto, um programa radiofônico para homenagear sua melhor amiga, Edith Piaf. Cocteau acreditava que, se a grande cantora francesa havia partido, ele também estava pronto para segui-la.

Filmografia:

* Le Testament d'Orphee (O Testamento de Orfeu)(1959) * 8x8: A Chess Sonata in 8 Movements (1957) * La Villa Santo Sospir (A Vila Santo Sospir) (1952) (documentário) * Coriolan (1950) * Orphée (Orfeu)(1950) * Les Enfants Terribles (1950) * Les Parents Terribles (1948) * L'Aigle à Deux Têtes (A Águia de Duas Cabeças)(1948) * La Belle et la Bête (A Bela e a Fera) (1946) * Le Sang d'un Poète (Sangue de um Poeta) (1930)

Bibliografia:

* Visão invisível (2006) (Assírio & Alvim) * As crianças diabólicas (2000) * O filho do ar (1998) (Relógio d'água) * A voz humana (1989) (Assírio & Alvim) * TORO - Ritual de amor e morte (1987) (Hiena) * O livro branco (1985) (&etc) * Explicação dos prodígios (1982) (&etc) * Ópio, diário de uma desintoxicação (1966) (Ulisseia) * Desatino (1958) * Os cavaleiros da Távola Redonda (1957) (Centro universitário) * Tomaz, o impostor (1955) * Os meninos diabólicos (1939) (Inquérito)

Fonteshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Cocteau http://glsplanet.terra.com.br/cult/memory2.htm

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