O termo planta é bem discutido em dias atuais e serve para indicar organismos eucariontes e autótrofos. Ao mencionar a palavra planta se imaginam organismos como árvores, arbustos, samambaias, etc. Contudo, este termo foi ampliado para acomodar mais seres vivos, reunindo-os no grupo das viridófitas (plantas verdes), ou Viridiplantae, representado pelas algas verdes; antóceros, hepáticas e musgos (antigamente referidos por briófitas); samambaias e licófitas (antigamente referidas como pteridófitas); gimnospermas (plantas com sementes) e angiospermas (plantas com flores). As embriófitas (subdivisão de viridófita) agrupam todas as plantas mencionadas exceto algas e têm um embrião com duração variável, que resultará em um esporófito jovem.
As traqueófitas (plantas com tecidos vasculares) são uma subdivisão de embriófitas, que apresentam xilema e floema, tecidos vasculares responsáveis pela condução de água, sais minerais e carboidratos produzidos durante a fotossíntese; responsável pela conquista das plantas em ambientes terrestres. A morfologia externa das traqueófitas se organiza em raiz, caule e folha, estruturas vegetativas; enquanto que a flor, fruto e semente são as estruturas reprodutivas de algumas traqueófitas. No século IV a.C., Aristóteles já classificava os organismos através desta aparência externa. Ao longo do tempo, avanços tecnológicos permitiram o conhecimento mais aprofundado dos organismos através de estudos anatômicos, genéticos, moleculares, ultraestruturais, etc.
Estrutura responsável por fornecer sustentação e fixação às plantas; além de permitir a absorção, estoque e transporte de água, minerais e carboidratos. Primeira estrutura a emergir da semente. O crescimento ocorre através de um meristema apical (tecido) que produz a coifa, esta responsável pela proteção e direcionamento da raiz. As raízes podem se apresentar como:
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O caule e as folhas fazem parte do sistema caulinar. Os caules são formados por nós e entrenós, com as folhas ligadas a cada nó. O caule é o eixo da planta, cuja função é sustentação e condução. As folhas têm como principal função a síntese de substâncias orgânicas durante o processo da fotossíntese. Tais substâncias são transportadas pelo floema para caules e raízes. Ao passo que o xilema transporta íons minerais e água das raízes às folhas. Além de expor as folhas à obtenção de luz, os caules expõem flores aos polinizadores. E há espécies em que o caule é capaz de realizar a fotossíntese, como os cactos. Já as folhas também têm como função proteção, quando se modificam em espinhos; podem estocar água, como as plantas suculentas; escalar superfícies transformando-se em gavinhas, como observado em plantas trepadeiras (uvas, maracujás, etc.). Considera-se uma folha completa quando há a presença do limbo (ou lâmina), geralmente a parte achatada e expandida; o pecíolo, estrutura peduncular que sustenta a flor (ou inflorescência); bainha, porção basal da folha que circunda o caule; estípulas, apêndices foliares que se posicionam na base da folha, presente em muitas plantas com flores. Contudo, algumas destas estruturas podem faltar, como o pecíolo e, então, dizem-se folhas sésseis; raramente há ausência do limbo.
Bibliografia recomendada:
Evert, R.F. & Eichhirn, S.E. 2014. Raven/ Biologia Vegetal. 8ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 856p.
Ferri, M.G. 1981. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15ª edição. Nobel.São Paulo/ SP. 149p.
Judd, W.S., Campbell, C.S., Stevens, P.F. & Donoghue, M.J. 2009. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. Artmed, 3ª. edição, Porto Alegre, RS. 632p.
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