O Período Composto por Subordinação é aquele cujas orações dependem sintaticamente uma da outra para que façam sentido. É o contrário do que acontece com o período composto por coordenação, em que as orações independem em termos sintáticos.
Compare:
O período composto por subordinação é formado pela oração principal e pela oração subordinada. A oração subordinada tem uma função sintática em relação à oração principal e, justamente por esse motivo, é chamada de subordinada.
Exemplos: Quero/ que ele volte!
Não sei dizer/ para onde ele foi.
Logo, em ambos os exemplos, os períodos são compostos por subordinação.
Há períodos em que a oração coordenada e oração subordinada estão presentes. Exemplo:
Enquanto ela falar, ficarei em silêncio e prestarei atenção nas suas palavras.
Existem três tipos de orações subordinadas, as quais são classificadas de acordo com a função que exercem.
As orações subordinadas substantivas podem ser subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, predicativas, completivas nominais ou apositivas. Geralmente, elas são iniciadas pelas conjunções que e se.
Têm função de sujeito da oração principal. O verbo da oração principal apresenta-se sempre na 3.ª pessoa do singular. Exemplo:
Na primeira oração (período simples), “presença” é um substantivo. Na segunda oração (período composto), o substantivo “presença” foi modificado para “que você venha”, que tem a função de sujeito da oração principal.
Desta forma, estamos diante de uma oração subordinada subjetiva.
Têm função de objeto direto da oração principal. Exemplo:
Na primeira oração (período simples), “o meu destino” é objeto direto. Na segunda oração (período composto), o objeto direto “o meu destino” foi modificado para “se vou”, de modo que passou a ter a função de objeto direto da oração principal. Logo, estamos diante de uma oração subordinada objetiva direta.
Têm função de objeto indireto da oração principal. Exemplo:
Na primeira oração (período simples), “de aventuras” é objeto indireto. Na segunda oração (período composto), o objeto indireto “de aventuras” foi modificado para o verbo “aventurar”, de modo que a oração “de me aventurar” passa a ter a função de objeto indireto da oração principal. Logo, estamos diante de uma oração subordinada objetiva indireta.
Têm função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplo:
Na primeira oração (período simples), “cantor” é predicativo. Na segunda oração (período composto), o predicativo “cantor” foi modificado para “que ele cantasse”, o qual passou a ter a função de predicativo do sujeito da oração principal. Logo, estamos diante de uma oração subordinada predicativa.
Têm função de complemento nominal da oração principal. Exemplo:
Na primeira oração (período simples), “de escuro” é complemento nominal. Na segunda oração (período composto), o complemento nominal “de escuro” foi modificado para “que escureça”, de modo que passou a ter a função de complemento nominal da oração principal. Logo, estamos diante de uma oração completiva nominal.
Têm função de aposto da oração principal. Exemplo:
Na primeira oração (período simples), “a felicidade dos meus filhos” é complemento nominal. Na segunda oração (período composto), o complemento nominal “a felicidade dos meus filhos” foi modificado para “que meus filhos sejam felizes”, de modo que este tem função de complemento nominal da oração principal, ou seja, é uma oração apositiva.
As orações subordinadas adjetivas podem ser explicativas ou restritivas. Essas orações são iniciadas pelos pronomes relativos cujo, onde, o qual, quanto, que, quem e respectivas variantes.
Explicam ou esclarecem algo acerca da oração principal. As orações explicativas sempre aparecem entre vírgulas. Exemplo:
Na Ásia/, que é o maior continente do mundo,/ há 11 fusos horários.
A oração subordinada acresce uma informação acerca da Ásia, portanto, é explicativa.
Restringem ou delimitam a informação dada acerca da oração principal. Exemplo:
O aluno/ que faltou/ ficou sem grupo.
Neste caso, a oração subordinada não acrescentou somente uma informação acerca do aluno, mas o especificou. Portanto, estamos diante de uma oração subordinada adjetiva restritiva. Ao contrário das orações explicativas, as restritivas não são pontuadas entre vírgulas.
Esse tipo de oração substitui um advérbio, de modo que a sua função sintática equivale a do adjunto adverbial.
Compare:
Na primeira oração (período simples), “cedo” é um advérbio. Na segunda oração (período composto), esse advérbio foi modificado para “quando era cedo”, de modo que essa oração tem a função de adjunto adverbial.
As orações subordinadas adverbiais podem ser causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais ou proporcionais.
Cada uma delas expressa a circunstância indicada no seu nome:
Agora que você já sabe o que é o Período Composto por Subordinação, aprenda tudo sobre Período Composto por Coordenação.
Márcia FernandesProfessora, pesquisadora, produtora e gestora de conteúdos on-line. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos.Show life that you have a thousand reasons to smile
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