Quando se fala sobre pintoras brasileiras alguns nomes facilmente vem à tona, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti por exemplo. Certamente o reconhecimento dessas artistas é fruto de seu magnífico trabalho. Todavia, há outras grandes mulheres que compõe a história da pintura no Brasil, elas são Georgina de Albuquerque e Maria Auxiliadora.
Georgina de Albuquerque é uma pintora, professora e desenhista do século XX especialista em retratos, figuras e paisagens. Sua sensibilidade artística, a segurança de seus desenhos aliados a uma altíssima qualidade estética a permitiu estabelecer-se como uma notável artista.
Assim como a maioria dos grandes artistas brasileiros, Georgina teve a oportunidade de passar uma temporada na Europa. Lá aprimorou e conheceu novas técnicas para retornar, ao Brasil consolidar seu nome como artista.
Na primeira fase da artista, suas raízes eram claramente impressionistas. A paleta de cores claras e suaves associadas a uma preocupação com a luminosidade não negam. Além disso, o nu, o retrato e a paisagem foram temáticas recorrentes nesse período. Algumas obras como “Raio de Sol” e “Dia de Verão” (1920) ilustram essa fase da artista.
A partir de 1920, a leveza e clareza de suas obras dão lugar a cores mais sóbrias e opacas. Ademais, a temática de Georgina passa a ser a vida popular do brasileiro. Destaca-se “Duas Roceiras” e “No Cafezal” (1930) como obras relevantes desse período.
A pintura histórica até 1922 era exclusivamente feita por homens. Contudo, neste ano Georgina é convidada para elaborar uma obra em comemoração ao centenário da independência do Brasil. Diferente da perspectiva masculina que retrata eventos históricos triunfais, a artista elaborou o quadro “Sessão do Conselho de Estado que decidiu a Independência” (1922), o qual a figura principal é a Princesa Leopoldina.
Vinda de uma família de artistas de origem humilde e de descendentes de escravizados, Maria Auxiliadora se torna referência para a cultura brasileira. O não acesso a escolas de arte a tornam uma artista autodidata e livre de padrões estéticos. Características essas, que são refletidas em sua pintura inovadora com técnicas diferenciadas.
A trajetória de Maria Auxiliadora a leva das exposições em praças públicas e feiras de arte a galerias e museus. Além disso, suas obras retratam o cotidiano da artista e sua cultura, perpassando por diversos temas afro-brasileiros e o protagonismo de pessoas negras. Algumas obras de destaque são: “Capoeira” (1970), “Mobral” (1971) e “Candomblém Verde” (1972).
Algumas características são marcantes na obra da artista. Acompanhe:
Referências Bibliográficas:
ÉPOCA. Maria Auxiliadora: uma pintora brasileira. Disponível em:
GEORGINA de Albuquerque. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21325/georgina-de-albuquerque . Acesso em: 18 janeiro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
MARIA AUXILIADORA. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8785/maria-auxiliadora . Acesso em: 18 janeiro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
OBVIOUS. Resgate de Memória: Quem Foi Georgina de Albuquerque. Disponível em:
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/artes/principais-pintoras-brasileiras/
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