Cândido Portinari é um grande nome entre os pintores brasileiros. O artista é inspirado pelo Brasil e as diversas facetas do país, boas e ruins.
Em uma de suas fases, a figura do homem e da mulher brasileira foi o que moveu o artista. Portinari retratou não apenas um tipo de brasileiro ou uma região específica, mas sim o povo, a história, a cultura, a alma da nação. Como obras emblemáticas dessa fase destaca-se “O Mestiço” e “O Café”, ambas de 1934.
Em outro momento, as mazelas sociais inquietam o artista o que traz mais dramaticidade para sua obra. A tragédia e o sofrimento humano surgem como denúncia social em suas obras. A exemplo, “Os Retirantes” (1946) e “O Massacre dos Inocentes” (1943).
Embora Portinari tinha muitas obras de cunho social, o lírico também se fez presente em seu acervo ao retratar as memórias de sua infância e os elementos da sua terra natal. Obras como “Meninos Soltando Pipas” (1947) e “Meninos Pulando Carniça” (1957) são dois exemplos.
Portinari pinta, também, muitos painéis importantes espalhados pelo Brasil e pelo mundo e um dos mais importantes foi o Guerra e Paz (1953 – 1956) produzido para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque.
O artista deixa um marco inegável na história nacional e internacional. Sua genialidade em contribuir para a construção de uma identidade cultural brasileira ao mesmo tempo que abordava temas universais é notória.
Di Cavalcanti foi um pintor, ilustrador e muralista extremamente importante para a arte brasileira. Fazia criações singulares marcadas por sua originalidade e criatividade na representação e no uso das cores. Sua qualidade técnica era amplamente reconhecida Brasil à fora.
Sua temática principal era representar a identidade cultural brasileira. Através das festividades e dos temas populares suas obras refletiam o povo, o samba, o carnaval e as favelas. Destaca-se algumas obras como “Samba” (1925), “Carnaval” (1965) e “Mangue” (1929).
Não somente o coletivo, mas as mulheres eram fonte de inspiração para Di Cavalcanti. Em seu acervo há muitas pinturas das mulheres brasileiras em sua diversidade. O foco de suas obras eram a sensualidade, as curvas e a beleza da mulher. Obras significativas são “Nu e Figuras” (1950) e “Cinco Moças de Guaratinguetá” (1930).
Como ilustrador, o artista pode participar dos livros de grandes artistas como Jorge Amado e Vinicius de Moraes, além de produzir o programa e o catálogo da Semana de Arte Moderna em 1922. Já como muralista, realizou a elaboração do painel no Hotel Jaraguá (1954) em São Paulo e no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
Apesar de ter nascido na Itália, Alfredo Volpi vai para o Brasil com apenas um ano de idade e lá afirma sua carreira como artista sendo destaque na Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira.
Volpi é reconhecido por sua trajetória singular e ao longo de suas fases, revela sua própria linguagem artística. Para ele, o fazer artesanal era prioridade em sua prática. Isso pode ser visto na escolha por tintas naturais a industrializadas. Por conta disso, o artista realizava a técnica da têmpera que consiste na diluição dos pigmentos naturais em clara de ovo, por exemplo.
Uma das fases de Volpi foi a retratação de paisagens a partir de uma perspectiva realista. Ele teve o os bairros pobres da capital paulista e até mesmo o interior de São Paulo como fonte de inspiração. Nessas criações, o artista era muito sutil com o uso das cores e sensível para a reprodução da luz nas obras. Dois grandes exemplos são da década de 1920, “Paisagem com Carro de Boi” e “Casinha de Mogi das Cruzes”.
Outra fase do artista é o momento em que se aproxima do abstracionismo geométrico. Nesse período suas obras, a partir da integração de cores, linhas e formas, representavam temas populares e religiosos do Brasil. Diversas séries de criações como “Bandeirinhas”, “Fachadas” e “Ampulhetas” compõem o acervo de Volpi nessa fase.
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Referências Bibliográficas:
ALFREDO Volpi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1610/alfredo-volpi. Acesso em: 17 janeiro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
CANDIDO Portinari. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10686/candido-portinari. Acesso em: 16 janeiro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
E BIOGRAFIA. Cândido Portinari. Disponível em:
E BIOGRAFIA. Di Cavalcanti. Disponível em:
E BIOGRAFIA. Alfredo Volpi. Disponível em: < https://www.ebiografia.com/alfredo_volpi/>. Acesso em: 17 jan. 2022.
LAART. Quem foi Di Cavalcati: Biografia e Obras do Ícone Modernista. Disponível em:
PROJETO PORTINARI. Apresentação. Disponível em:
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/artes/principais-pintores-brasileiros/
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