A regência consiste na relação que se instaura quando um termo principal (chamado de “regente”) tem o seu sentido complementado por outro (termo regido). A regência nominal, especificamente, ocorre quando o termo regente é um nome (substantivo ou adjetivo). Para clarear o conceito em questão, propõe-se a observação destas frases:
a) "Ele não se conformava, desejando ouvir qualquer palavra de carinho ou gratidão."
Perceba que se fez necessário especificar que tipo de palavra ele queria ouvir (“de carinho ou gratidão”), tendo em vista o estado de inconformidade em que se encontrava. Imagine se a frase terminasse com “palavra”? Perguntar-se-ia: “Mas, que tipo de palavra?”. Não poderia ser qualquer uma, mas apenas aquelas que, de alguma forma, poderiam reconfortá-lo. Nesse contexto, o nome (substantivo) “palavra” necessita de complementação, que foi realizada por meio da preposição “de”.
b) "Tenho certeza de que ele não a abandonará em um momento tão delicado como este."
Note que a frase acima é constituída de duas orações, a saber:
A primeira oração [que é a principal e, por isso mesmo, é a regente] precisa de complemento, pois quem tem certeza, tem certeza de algo. A segunda oração (a regida) complementa o sentido do nome (substantivo) “certeza”, por meio da preposição “de” (exigida pelo nome) e da conjunção subordinativa “que”. Dessa forma, o enunciado se torna um todo integrado e significativo.
Vale enfatizar que os adjetivos também podem funcionar como regentes. Visualize:
Aquele rapaz é muito preocupado com os estudos.
Constate que o nome (adjetivo) “preocupado” precisa de um complemento, pois quem é preocupado, é preocupado com algo. Para uma melhor percepção, sugere-se a análise desse enunciado sem a presença do complemento nominal: “Aquele rapaz é preocupado.”. Generaliza-se o estado/a característica de preocupação, que apresenta diferentes ramificações. Sob esse viés, é fundamental especificar. Ele é preocupado com o quê? Com a família? Com a saúde? Com o trabalho? Com o meio ambiente?... Não, “aquele rapaz é preocupado com os estudos”. A conexão dos termos é feita por intermédio da preposição “com”, exigida pelo nome “preocupado”.
Vejamos outros exemplos, nos quais a regência nominal se faz presente na relação entre os termos (regente + regido):
Para encerrar: A regência nominal ocorre quando um nome, substantivo ou adjetivo, tem o seu significado complementado por outro termo (o regido ou subordinado), compondo um todo compreensível. Vale reiterar que a relação de regência também se faz presente entre orações dependentes entre si, por meio de uma conjunção subordinativa, antecedida por uma preposição, caso o nome exigi-la.
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Referência:
BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República. – Brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em:
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