Os tempos verbais são chamados de “primitivos” quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. A partir deles, outros são formados. Estes são os tempos verbais primitivos: o presente do modo indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Vamos estudá-los a seguir? Então, leia o texto abaixo:
Eu me chamo Penélope. Contarei aqui um pouco da minha relação a com a leitura. Eu gosto muito de ler! Por isso, sempre levo comigo um livro... Leio contos, crônicas, poesias... Mas, prefiro os romances, principalmente aqueles de época! Reflito bastante sobre os tempos antigos para compreender os tempos atuais... Leio em casa, no ônibus, no consultório do médico ou dentista, enquanto aguardo o atendimento... No fim de semana, abrigo-me à sombra de uma bela e imponente árvore, localizada em um parque encantador da minha cidade, e lá permaneço durante horas... Eu me transformo com a leitura!
(Texto elaborado pela autora deste artigo para a abordagem dos “tempos primitivos”).
Para a autora do texto acima, ler é algo prazeroso, reflexivo e transformador. Por isso, a leitura faz parte da sua rotina. Note que os verbos no tempo presente do modo indicativo (aquele que exprime certezas) não expressam fatos que estão acontecendo no momento da fala, mas fatos que são habituais na vida de Penélope. O tempo presente do indicativo, na 1ª pessoa do singular, é primitivo. Reveja alguns verbos empregados nesse tempo verbal no texto: “gosto”, “levo”, “reflito”, “leio”, “permaneço”, etc. Cabe acrescentar que o presente do indicativo, na 2ª pessoa do singular e 2ª pessoa do plural, também é primitivo, pois dá origem a outro tempo.
Tu gostas de ler?
Vós gostais de ler?
O pretérito perfeito do modo indicativo, na 3ª pessoa do plural, é um tempo primitivo. O que esse tempo verbal expressa no contexto comunicativo? Ele expressa fatos que foram concluídos no passado. Daí dizermos “pretérito perfeito”. Confira exemplos:
Os jovens organizaram o Dia do Livro na escola.
Os alunos leram o romance “O quinze”, de Rachel de Queiroz.
Os professores incutiram nas crianças o gosto pela leitura.
O infinitivo impessoal (aquele que não tem sujeito) é outro exemplo de tempo primitivo:
abrigar, contar, educar, gostar, transformar, etc.
compreender, crer, escrever, ler, permanecer, vender, etc.
conduzir, divertir, preferir, refletir, rir, etc.
Para concluir:
Os tempos primitivos verbais são aqueles que não derivam de outros tempos da nossa língua, mas a partir deles outros tempos são formados. Nesse contexto, entram cena o presente do indicativo (exprime um fato certo no presente); o pretérito perfeito do indicativo (exprime um fato concluído no passado) e o infinitivo impessoal.
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Referências:
BECHARA, Evanildo. Tempos primitivos e derivados. In: ___ Gramática escolar da língua portuguesa. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. p. 212-215.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Tempos primitivos e derivados. In: ___ Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. p.198-199.
CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Formação dos tempos simples. In: ___ Nova gramática do português contemporâneo. 5.ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008. p.403-408.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/portugues/tempos-verbais-primitivos/
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