Por Marília Araújo
A raiz é imprescindível à planta, haja vista que além de fixar ela absorve do solo os nutrientes necessários à sobrevivência do vegetal. Porém há outra função importante que é fazer reserva de nutrientes, como no caso dos tubérculos.
Nos vegetais sem sementes (as pteridófitas) as raízes se desenvolvem ainda nos primeiros estágios do crescimento do esporófito. Já nos vegetais com sementes (as espermatófitas) as raízes tem origem ainda no embrião. Neste último caso, a radícula é o primeiro órgão a se desenvolver no instante em que há a germinação da semente. Porém esta radícula trilha caminhos diferentes quando trata-se de Monocotiledôneas e Dicotiledôneas.
Lembrando que o grupo dos vegetais que apresentam flores pode ter um ou mais cotilédones no embrião (semente). Se possui um cotilédone denomina-se Monocotiledônea, se possui mais de um denomina-se “Dicotiledônea”. A radícula se degenera e todas as raízes brotam a partir da base do caule no caso das Monocotiledôneas, já nas Dicotiledôneas a radícula se torna a raiz principal, da qual o sistema radicular se deriva.
Podemos classificá-las basicamente quanto ao habitat: Subterrâneas, Aéreas e Aquáticas.
São raízes que ficam sob o solo e possuem várias formas, permitindo assim uma sub-classificação: axial ou pivotante, ramificada, fasciculada e tuberosa.
Neste tipo de raiz subterrânea, típica das dicotiledôneas, é possível detectar com clareza uma raiz principal distinta das raízes secundárias, como na ilustração abaixo:
Raiz axial ou pivotante. Ilustração: © iStock.com / srle7777
No tipo de raiz subterrânea ramificada não é possível detectar tão facilmente a raiz principal das outras raízes. Pois como já diz o próprio nome há uma ramificação secundária, terciária e assim sucessivamente, sempre a partir da raiz primária. Veja na figura abaixo:
Raiz Ramificada. Foto: Potapov Alexander / Shutterstock.com
Neste caso é impossível distinguir a raiz principal das demais raízes.
Raiz Fasciculada. Foto: © iStock.com / BobGross
A principal característica deste tipo de raiz é o acúmulo de reservas de nutrientes, sendo muito utilizada na nossa alimentação. Um exemplo clássico é a cenoura.
Raízes tuberosas. Foto: TAGSTOCK1 / Shutterstock.com
Essas raízes são visíveis, pois ficam sempre acima do solo. Há sub-grupos dessas raízes, são: estranguladoras, grampiformes ou aderentes, respiratórias ou pneumatóforos, suporte, sugadoras e tabulares ou sapopemas.
São raízes que, de certa forma, “abraçam” outro vegetal. Na maioria dos casos onde isto ocorre há a morte do hospedeiro.
Figueira estranguladora em um Cipreste. Foto: Lee Prince / Shutterstock.com
Essas raízes são responsáveis por fixar a planta trepadora à um suporte. Veja na figura abaixo:
Raízes grampiformes. Foto: Photo Fun / Shutterstock.com
Esse tipo de raiz é responsável por auxiliar a respiração do vegetal, como já diz seu nome.
Raiz respiratória ou pneumatóforo. Foto: paintings / Shutterstock.com
Esta raiz auxilia no suporte do vegetal. É comum encontrarmos este tipo de raiz nos manguezais.
Raiz suporte. Foto: Dr. Morley Read / Shutterstock.com
Este tipo de raiz adentra o corpo da planta hospedeira, de maneira a absorver todo ou parte do alimento do vegetal.
São raízes grandes, bem desenvolvidas, que conferem estabilidade para planta.
Raiz tubular ou sapopema. Foto: Frank B. Yuwono / Shutterstock.com
Como o próprio nome já traduz, esta raiz se desenvolve em plantas aquáticas. Diferindo das raízes subterrâneas, a função deste tipo de raiz não é fixar, mas apenas absorver os nutrientes flutuantes presentes na água.
Raízes aquáticas. Foto: Vilainecrevette / Shutterstock.com
Bibliografia:
VIDAL, Waldomiro Nunes & VIDAL, Maria Rosária Rodrigues (1990). Botânica organográfica: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. (3 ed.). Viçosa: Universidade Federal de Viçosa.
PETER H. RAVEN; RAY F. EVERT; SUSAN E. EICHHORN. (2007). Biologia Vegetal (7 ed.). Editora Guanabara Koogan.
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