Utilização do hífen

O hífen, também chamado de traço-de-união, é utilizado para:

  • Unir os elementos que integram uma palavra composta: ex-presidente, pós-graduação, pan-americano, água-de-colônia, arco-da-velha.
  • Ligar pronomes átonos ao verbo: precisou-se, vê-lo, levar-se-ia.
  • Dividir uma palavra em duas partes, ao final de uma linha que compõe uma sentença ou um texto, num processo denominado translineação:
  • É válido endossar que o hífen deve ser repetido, como ilustra o exemplo acima, quando a palavra a ser separada apresentar o referido sinal.

    São ocorrências para a utilização do hífen:

    1. Elementos que integram um todo semântico: pobre-diabo, papel-pardo, mata-mata, água-marinha, decreto-lei

     

    2. Primeira palavra = adjetivo: latino-americano, greco-romano.

    3. Adjetivos oriundos de nomes [compostos] de lugares: belo-horizontino, porto-alegrense.

    4. Palavras compostas, intermediadas ou não pela preposição, que nomeiam plantas e bichos: flor-de-lis, onça-pintada, macaco-prego.

    5. Palavra agregada iniciada por h: anti-herói, anti-higiênico, bem-humorado,super-homem, mal-habituado

    Exceção: subumano (porque, nesse caso, a palavra “humano” perdeu o “h”, devido à junção).

    6. Prefixo vice: vice-diretor, vice-governador, vice-versa

    7. Elementos iniciados por vogais idênticas: anti-inflamatório, arqui-inimigo, auto-observação, neo-ortodoxo, contra-ataque

    8. Elementos iniciados por consoantes idênticas: inter-regional, super-romântico, super-resistente.

    9. Prefixo “sub” + palavra agregada iniciada por “r”: sub-repartição

    10. Prefixos “circum” e “pan” + palavras iniciadas por “m”, “n” e vogal: circum-oceânico, pan-americano

    11. Prefixos:

  • ex: ex-namorado
  • pós: pós-guerra
  • pré: pré-natal
  • pró: pró-reitor
  • recém: recém-inaugurado
  • sem: sem-fim
  • além: além-mundo
  • aquém: aquém-fronteira
  • Vale observar que as formas átonas dos prefixos “pré”, “pró” e “pós” não admitem o hífen, uma vez que se aglutinam [ato de formar uma única palavra] com o segundo elemento: predispor, providenciar, postergar.

    12. Sufixo de origem tupi-guarani: andá-açu

    13. Sufixo “geral” indicador de função ou órgão: editor-geral, Procuradoria-Geral .

    ATENÇÃO: Não se utiliza o hífen nos seguintes casos:

    1. Quando a última letra do prefixo for vogal diferente da vogal com que se inicia a palavra agregada: autoestima, semiestruturado, semianalfabeto, intraocular, extraoficial.

    2. Prefixo terminado em vogal + palavra agregada iniciada por consoante diferente de “r” e “s”: autocontrole, semifinal, geofísica.

    3. Prefixo terminado em vogal + palavra agregada iniciada por “r” ou “s”. Duplicam-se essas consoantes: antirrepublicano, antessala, biossistema.

    4. Prefixo terminado em consoante + palavra agregada iniciada por vogal: superaquecimento, interurbano.

    5. Em vocábulos em que se cessou a noção de composição: parapente, parapeito, girassol, passatempo.

    Para encerrar: O hífen é o sinal de pontuação que tem a finalidade de unir vocábulos, formando um todo semântico. Comumente, o emprego ou não do referido sinal desperta dúvidas. Nessa perspectiva, debruce-se no estudo das regras aqui traçadas e pratique com constância!

    Referências:

    BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Manual de Redação da Presidência da República. – Brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em: .

    CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. O hífen. In: ___ Nova gramática do português contemporâneo. 5.ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p. 79-84.

    TUFANO, Douglas. Uso do hífen. In: ___ Guia Prático da Nova Ortografia: saiba o que mudou na ortografia brasileira. São Paulo: Melhoramentos Ltda, 2008, p.17-31.

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