A doença de Alzheimer é uma doença que progride, lenta e inexoravelmente. Ainda não existe uma cura definitiva, embora o tratamento possa retardar sua evolução. Alguns casos mais raros podem evoluir com sintomas avançados da doença em apenas dois a três anos, mas a maioria leva aproximadamente uma década para chegar aos seus estágios finais.
Em muitos casos é difícil estabelecer uma data retrospectiva para o início dos sintomas, o que atrapalha a avaliação do tempo de progressão da doença. Sabe-se, entretanto, que uma vez estabelecido o diagnóstico do mal de Alzheimer, a expectativa de vida do paciente costuma ser ao redor de cinco a doze anos.
O que leva o paciente ao óbito não é a doença em si, mas suas complicações, como acidentes e quedas com traumatismos cranianos, dificuldade em engolir (que ocasiona broncoaspiração, com possível pneumonia, e desnutrição), e restrição ao leito, que favorece o surgimento de infecções e escaras. Pneumonias e infecções urinárias costumam ser os principais tipos de infecção do paciente com Alzheimer.
O tratamento do Alzheimer idealmente deve ser multiprofissional (médico(a), enfermeiro(a) e fisioterapeuta). Quanto mais atenção a família e estes profissionais puderem fornecer, ao longo da evolução da doença, maior a qualidade de vida e tempo de sobrevida dos pacientes.
a) Cuidados básicos
Uma questão importante para familiares ou cuidadores de pacientes com Alzheimer é mantê-lo afastado de atos e situações inseguras. Uma vez que grande parte das pessoas com demência não percebem que o seu funcionamento mental está afetado, elas tentam manter suas rotinas do cotidiano. Situações triviais para a maioria de nós podem ser muito perigosas para pacientes com mal de Alzheimer, como, por exemplo, dirigir automóveis, cozinhar, andar sozinho pela rua ou ir à praia sozinho.
As quedas são muito frequentes, por isso a casa deve ser preparada para não criar “armadilhas” para o paciente, devendo-se evitar fios pelo chão, piso irregular ou escorregadio, excesso de móveis, etc.
Cigarro e bebidas alcoólicas devem ser evitados. Exercício físico supervisionado deve ser encorajado.
b) Remédios para o mal de Alzheimer
Embora o conhecimento sobre a doença de Alzheimer esteja evoluindo rapidamente, não há atualmente nenhuma cura para o mal. No entanto, há medicamentos que podem ajudar a amenizar alguns sintomas da doença de Alzheimer.
Medicamentos como a Donepezila, Rivastigmina e a Galantamina são chamados drogas inibidoras da colinesterase e funcionam ao aumentar os níveis de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que ajuda na comunicação entre os neurônios. Infelizmente, nem todos os pacientes apresentam alguma melhora com estes medicamentos.
A memantina é um medicamento diferente dos inibidoras da colinesterase. Esta droga é mais eficaz e pode proteger o cérebro dos danos causados pelo Alzheimer, retardando a progressão dos sintomas da doença. É, por vezes, usada em combinação com um inibidor da colinesterase para otimizar os seus efeitos.
É importante que se tenha expectativas realistas sobre os potenciais benefícios dos medicamentos. Nenhum desses remédios cura a doença de Alzheimer ou impede definitivamente o seu avanço. Quando a medicação funciona, é capaz de atrasar o desenvolvimento da doença, prolongando a qualidade de vida e as capacidades cognitivas do paciente. Contudo, mais cedo ou mais tarde a doença irá causar uma grave demência ao paciente.
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Em caso de suspeita de Doença de Alzheimer (você ou um familiar/amigo), um médico (preferencialmente um geriatra) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se este é realmente seu diagnóstico, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
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