A arquitetura gótica é uma forma de expressão que se situa, historicamente, entre a arquitetura românica – vigente no continente europeu no século X – e a arquitetura renascentista – responsável por uma significativa ruptura na história da arte de projetar e construir edifícios.
Esta modalidade arquitetônica evoluiu no solo francês durante o período conhecido como Idade Média; no início era denominada ‘obra francesa’. A expressão ‘gótico’ surgiu apenas no fim do Renascimento, com uma conotação pejorativa. O núcleo central deste estilo, que nasceu no final do século XII, e depois se disseminou pela Europa Ocidental, vigorando até o século XV no território italiano, é o arco de ogiva, embora ele também esteja presente em outras Arquiteturas.
Este elemento predomina especialmente nas regiões mais intensamente influenciadas pelos mouros. Assim, ele pode ser encontrado na catedral românica de Monreale, no românico espanhol e até no estilo provençal. Em algumas outras obras deste período, porém, ele é substituído pelo arco de volta completa, como na Catedral de Chartres. Assim, ele não é tão determinante do Gótico.
Em meados do século X, a Europa se encontrava em um estado crítico, e a autoridade do rei era questionada. O continente então se reorganiza socialmente e nasce o sistema feudal. A França, como outras regiões, via-se na iminência de ser invadida; neste contexto, a população se escondeu nas suas raras e frágeis fortalezas.
Ao longo desta era foram produzidas esculturas, pinturas e outras expressões artísticas que retratavam o pavor das pessoas, que intuíam as guerras, a fome, e outras tantas catástrofes previstas pela Igreja. Alguns séculos mais tarde, com as profecias frustradas, a ocorrência das Cruzadas e a decadência do Feudalismo, surge o então chamado Estilo Francês, que logo se irradia por toda a porção da Europa Medieval.
A primeira obra francesa no estilo gótico é a Basílica de Saint-Denis, situada na Ile-de-France, atualmente Paris, a capital da França. Com a volta dos reis ao poder, o povo, em festa, dirige-se às igrejas e catedrais. Os arquitetos optavam então por ambientes repletos de luzes, ausentes na Arquitetura Românica, mas bem presentes no gótico.
Esta concepção arquitetônica apresenta abóbadas amplas e altas, sustentadas por pilastras ou colunas. Elementos denominados arcobotantes e contrafortes eram responsáveis pela manutenção do equilíbrio da construção, procurando compensar o peso desmedido das abóbadas. Vitrais e rosáceas tomam o lugar de densas paredes. Estes aspectos constituem as características principais de uma arquitetura considerada pura.
Esta arquitetura é hoje considerada Patrimônio Mundial da UNESCO, e pode ser contemplada em catedrais como a de Notre-Dame, Chartres, Colônia e Amiens, em toda sua glória e realeza, verticais no seu diálogo com o sagrado.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_gótica http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/gotico_historico/arquitetura_gotica.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_românica http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_renascentista
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