Este termo provém do idioma grego: Biblion, que se refere a toda espécie de artefato bibliográfico ou a qualquer material que possibilita o ato da leitura; Therapein, que faz alusão a terapias, processos de cura e recuperação. Portanto, a biblioterapia pode ser definida como a indicação de livros com objetivos curativos.
O exercício desta arte traz em si o potencial de ser usado como uma ferramenta significativa na reconquista da psique saudável de pessoas com transtornos afetivos. Por meio dela o paciente é submetido a um procedimento terapêutico através da leitura, que inclui também pareceres complementares e a análise do discurso.
Sua prática se enquadra em atividades de aprimoramento pessoal e pedagógico, seguindo o mesmo decurso utilizado nas clínicas terapêuticas. O ato de ler e outras ações na esfera do entretenimento são aí aplicados como atividades secundárias que ajudam no restabelecimento das vítimas de distúrbios orgânicos e psíquicos. Pacientes de todas as idades podem ser contemplados por esta terapia.
As narrativas têm o poder de gerar modificações nas pessoas, pois as ajudam a visualizar outros horizontes e a discernir mentalidades, emoções e desempenhos alternativos. Assim podem encontrar outras vias mais benéficas para combater obstáculos que surgem na jornada.
A biblioterapia apresenta condições ideais para ser exercitada nas instituições escolares, hospitalares e no âmbito social. Ela demanda a supervisão terapêutica de um bibliotecário com habilitação em terapias ou de psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras, ou desses especialistas em parceria com o bibliotecário.
No Brasil foi instituída a Sociedade Brasileira de Biblioterapia Clínica, com o objetivo de gerar peritos neste campo que estejam aptos a exercitar este papel. Nesta comunidade também são implementados estudos e atividades que giram em torno desta temática, englobando concepções pertinentes às esferas da Medicina e da Educação.
A biblioterapia atravessa várias etapas. Primeiro o leitor ou receptor é cativado pela história ou por seu protagonista, gerando com um ou outro uma profunda afinidade. O passo seguinte é identificar e experimentar de maneira coadjuvante suas emoções peculiares.
As dificuldades solucionadas com êxito levarão o leitor a produzir uma sobrecarga afetiva vinculada às suas próprias dificuldades, e assim ele alcançará a catarse. Por este caminho atingirá o insight, fenômeno que lhe permite associar os eventos que se desenrolam na trama à sua própria existência. Esta analogia conduz o receptor a um último estágio, o da universalidade, no qual é possível entender outras questões semelhantes.
Neste processo é fundamental a escolha cuidadosa das ferramentas que serão usadas, a exposição e a delimitação de quanto tempo será necessário para a terapia, bem como a supervisão por meio da análise afetiva dos instrumentos materiais e a partilha das vivências.
Fontes: http://www.luceliapaiva.psc.br/biblioterapia.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioterapia
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