A Chick-Lit é o gênero literário moderno direcionado para as mulheres, comumente conhecido como ‘literatura de mulherzinha’; ela teve como pioneira a personagem inglesa Bridget Jones, interpretada nas telas cinematográficas pela atriz norte-americana Renée Zellweger em 1997.
As histórias tecidas em torno desta figura feminina típica do mundo pós-moderno, livre, inteligente e ousada, deram origem a uma modalidade mais atual do universo literário que tem como público-alvo as mulheres. Na época o sucesso do filme foi tanto que ele chegou a ter uma indicação ao Oscar, que não cultiva a tradição de escolher papéis engraçados para um prêmio do porte de melhor atriz.
Apesar de ser vista pela crítica com um certo viés preconceituoso, por sua ênfase no mero divertimento e algumas vezes no consumismo desenfreado, como em Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, da escritora Sophie Kinsella, a Literatura Chick apresenta um enredo ágil, de fácil digestão, engraçado e cativante; e mais, sem nenhuma pretensão a não ser a de entreter o leitor.
O charme da chik-lit começa no design da própria capa, a qual atrai irresistivelmente a atenção do leitor que busca um livro nas prateleiras; ela é normalmente impactante, em tons avermelhados intensos ou rosados cintilantes, o que já revela a intenção de quem o escreveu, direcioná-lo ao gênero feminino. O que, porém, não exclui os garotos de sua leitura.
Esta literatura alcança, sem dúvida, as novas gerações que se esforçam para aprender a viver no mundo contemporâneo tecnológico, navegando pelo universo virtual, de blog em blog, de site em site. O fato de ser uma literatura considerada divertida não implica que ela esteja desprovida do poder de contribuir para a adaptação da mulher contemporânea ao universo pós-moderno. Alguns críticos preferem distinguir o teen chick-lit do hen lit, uma subcategoria na qual a personagem principal vive um estágio mais amadurecido de sua existência.
Embora sua embalagem seja indubitavelmente feminina, a temática é ancestral e universal – o amor, explorado por autores célebres ao longo dos séculos. Uma das autoras brasileiras que investe no gênero, Paula Pimenta, conhecida como a Meg Cabot (escritora de A Terra das Sombras) do Brasil, define bem esta literatura e sua importância; ela acredita que, diante da época em que vivemos, mergulhada em intensa violência, nada melhor do que, na hora de ler um livro, desfrutar de momentos prazerosos e leves, vivenciando novamente o encantamento do mundo, tão presente nos contos de fadas e nos mitos antigos.
Paula é a criadora da série Fazendo Meu Filme, voltada para o público adolescente – a saga já se encontra no terceiro volume, O Roteiro Inesperado de Fani, lançado depois de A Estreia de Fani e Fani na Terra da Rainha. Apesar do sucesso de sua obra, ainda são poucas as escritoras que se aventuram neste campo no Brasil.
Normalmente as protagonistas da Chic-Lit estão situadas na faixa etária que vai dos 15 aos 30 e poucos anos. São representadas nos livros suas dúvidas, inquietações, dilemas afetivos, profissionais e familiares, e até mesmo suas mínimas obsessões, como, por exemplo, o vício de comprar sapatos, enfim, elementos muito presentes no mundo contemporâneo, ao lado de uma face mais sombria, também abordada neste gênero, as discriminações, os distúrbios emocionais, como os problemas depressivos, as dependências químicas e de toda natureza, a dor da perda vivenciada no luto, entre outras temáticas comuns no universo pós-moderno.
Fontes:
http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1487755
http://www.lostinchicklit.com.br/2009/01/o-que-e-chick-lit.html
http://mtv.uol.com.br/valerumlivro/blog/chick-lit-uma-vez-por-mes-com-juliana-steffens-o-diario-de-bridget-jones
http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ID=C94CFDE77DA0C0214000C0934&FILTRON1=x&ESTRUTN1=0301&ORDEMN2=E&PALAVRASN1=fazendo+meu+filme
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