Chuva é o fenômeno atmosférico em que ocorre a precipitação de gotas de água resultantes da condensação do vapor d´água presente na atmosfera.
Podemos classificar os tipos de chuvas de acordo com seus processos de formação em: frontais, orográficas e convectivas. Vamos conhecer melhor esse último tipo.
Chuvas convectivas também chamadas de chuvas de verão ou chuvas de convecção ocorrem em razão da diferença de temperatura, umidade e pressão que ocorre no ciclo convectivo atmosférico. Vejamos como esse ciclo se processa:
As chuvas convectivas em geral são intensas e têm curta duração – alguns minutos ou poucas horas. São as conhecidas chuvas de verão, que após a precipitação, deixam o céu limpo novamente. Também são comuns na região equatorial, em especial em áreas florestadas.
Ocorrem em áreas com grande insolação, alta temperatura e elevada umidade. Isso explica porque, além da condensação provocada pela queda de temperatura do ar que ascendeu, outro fator importante para a ocorrência desse tipo de chuvas é a elevada umidade relativa do ar.
Umidade relativa do ar – é o ponto de saturação de vapor de água na atmosfera. Quando o ar se satura de vapor d’água, ou seja, atinge 4% do ar, chove. Então, quando a umidade relativa do ar está em 90%, significa que a atmosfera está a 90% da sua capacidade máxima de retenção de vapor em termos relativos. Em termos absolutos, está com 3,6% de vapor de água no ar.
A região norte do Brasil, nos estados próximos à linha do Equador, é muito rica em cursos d’água, e em vegetação, portanto há alta evaporação e evapotranspiração. Nesta porção do planeta, as temperaturas são elevadas o ano todo, fazendo com que o ar quente, mais leve e carregado de umidade suba para as porções mais elevadas da atmosfera e no encontro com o ar frio ocorra a condensação e chova.
Esse tipo de fenômeno é tão cotidiano em algumas áreas do norte brasileiro, que a população local costuma se programar para compromissos ou atividades, de acordo com o horário em que acontece a chuva. Por exemplo, marcam um passeio para “amanhã depois da chuva”.
A certeza da ocorrência da chuva tem fundamento no ciclo convectivo que a origina. Logo após a precipitação o céu fica limpo, no entanto as altas temperaturas não cessam a evaporação, que no dia seguinte atingirá um novo ponto de saturação e o ar quente ascenderá para as camadas mais frias da atmosfera, formando nuvens e provocando chuva.
As chuvas convectivas também ocorrem na estação chuvosa, dos climas tropicais. No Brasil as regiões do centro-oeste e sudeste estão sujeitas a esse fenômeno. É aquela chuva rápida e intensa que ocorre no final da tarde em muitas cidades brasileiras.
Depois de um dia muito quente há a formação de nuvens densas e de coloração cinza escuro, que provocam pancadas de chuvas volumosas e que quando termina, deixa limpo o firmamento. Ocasionalmente, quando são muito intensas, podem ser acompanhadas de relâmpagos e trovoadas. São chuvas com pequena abrangência espacial, ou seja, ficam restritas há poucos quilômetros.
Nos grandes centros urbanos, com ocupação inadequada do terreno, este tipo de chuva pode trazer transtornos à população. Devido ao grande volume de água precipitado em pouco tempo, a capacidade de escoamento das cidades não é suficiente, o que provoca inundações. Além disso, em encostas ocupadas, pode encharcar o solo e provocar deslizamentos de terra. Causa prejuízos materiais e perdas humanas.
Fontes:
Distribuição espacial das Precipitações Convectivas na Região Metropolitana da cidade de Recife em Pernambuco - https://iwra.org/member/congress/resource/PAP00-5915.pdf
Precipitações: tipos, medição, interpretação, chuva média - http://www.pha.poli.usp.br/LeArq.aspx?id_arq=16884
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