Provavelmente nenhum leigo já ouviu falar sobre a Civilização Harappeana, pois a História está mais propensa a oferecer dados da Era Antiga sobre os povos do Crescente Fértil e do Mediterrâneo, tais como Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma. Mas na Ásia também desabrocharam culturas importantíssimas, praticamente ao mesmo tempo em que egípcios e mesopotâmicos dominavam a região oeste.
Os harappeanos viviam igualmente à beira de um rio muito importante, o Indo; por esta razão, durante muito tempo, foram conhecidos como povos do Vale do Indo, onde hoje está localizado o Paquistão. O trabalho exaustivo de muitos arqueólogos levou à descoberta de escombros admiráveis que remontam à Era do Bronze; estas ruínas datam de 4500 anos atrás.
Era uma civilização essencialmente urbana e praticava o Mercantilismo, baseada no intercâmbio comercial da produção agrícola. Esta cultura fixada no subcontinente da Índia teve sua decadência demarcada entre os séculos XIX a.C. e XVII a.C. Pelo que tudo indica a queda foi provocada não apenas por uma ocupação dos Arianos, mas principalmente em virtude de catástrofes naturais.
Os estudiosos optaram por adotar a denominação civilização harappeana nos anos 80, pois a cidade mais importante desta sociedade era Harappa, e ela não estava geograficamente situada no Vale do Indo. Este povo aproveitava cada recurso oferecido pelo meio ambiente, especialmente as elevações do curso das águas fluviais, mesmo que isso representasse constante perigo de alagamento, o que realmente viria a causar a destruição desta comunidade.
Nas cidades de Harappa e Mohenjo-Daro, destacavam-se casas requintadas e confortáveis. Elas incluíam um poço em seu interior, com água sempre bem-conservada, recintos para banhos, átrios contendo corrimões e clarabóia que preservava o ar ameno, cozinha, anexos para serviçais, cômodo para repouso no andar de cima para os proprietários e embaixo para os trabalhadores.
As vias públicas apresentavam angulações retas, aparentando ruas planejadas, bem como os inúmeros vilarejos e os minúsculos lugarejos contíguos que integravam a estrutura que interligava os elementos arquitetônicos, de modo a comporem um todo nestes dois centros urbanos.
A vida cultural era muito evoluída nas áreas citadinas, assim como a troca de produtos com outras civilizações. A população era mestiça, uma mescla de vários elementos raciais. As atividades artísticas eram amplas e variadas, passando por campos como a arquitetura, a escultura, a produção de selos, joias e a criação de roupas.
As construções não revelam a presença de edifícios reservados a cultos religiosos nem palacetes suntuosos, e sim residências espaçosas edificadas em vias amplas. Sobressaem os espaços destinados às caixas d’água e aos banhos. Por outro lado, a matemática foi o alicerce para os Sulba Sutras, os quais ofereciam orientações aos arquitetos para a elaboração de altares. Sua linguagem, principalmente a escrita, não foi até hoje traduzida. Quanto à religião, estudos revelam que os harappeanos praticavam o politeísmo e adoravam particularmente a Deusa-Mãe. As divindades apresentavam características do ser humano e havia uma distinção entre imagens masculinas e femininas.
Este núcleo civilizacional não se dividia em classes sociais, e sim conforme a profissão nas quais os vários agrupamentos atuavam, porém sem muito apego às estruturas hierárquicas. Os que morriam eram sepultados da maneira mais singela, sem ritos ou festas.
Os arianos podem não ter sido os responsáveis pela destruição da civilização, mas possivelmente contribuíram para que sua refinada cultura fosse totalmente eliminada da História da Humanidade.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%A3o_do_Vale_do_Indo http://pt.wikipedia.org/wiki/Harappa http://www.historiazine.com/2009/07/os-harappeanos.html
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