Esta enfermidade atinge os organismos que rejeitam radicalmente o glúten, substância contida no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no malte. A Doença Celíaca incide no intestino delgado, provocando mais ou menos carência de desenvolvimento das pequenas saliências que recobrem a mucosa, o que resulta na má digestão dos elementos nutritivos, das vitaminas, da água e dos sais minerais.
Quando as dobras que revestem o órgão intestinal ganham um aspecto aplanado devido aos inúmeros ataques sofridos por esta parte do corpo, reduz-se o espaço destinado aos processos digestivos, e então o pacienta passa a ser assediado por constantes diarréias e suas inevitáveis consequências, como a desnutrição, a perda de peso, o aumento do volume do abdômen e outros sintomas relacionados a um mecanismo de desnutrição do organismo.
Normalmente os enfermos já têm uma predisposição genética para o desenvolvimento deste mal, que pode atingir uma pessoa em um grupo de 300 indivíduos, em território europeu, e ocorre mais em brancos do que em negros nos Estados Unidos. A doença celíaca é mais frequente em infantes, mais ou menos entre 1 e 3 anos, mas mesmo os adultos são suscetíveis a este distúrbio orgânico.
Nos adultos que se encontram há mais de três ou quatro semanas com evacuações intestinais crônicas, esta enfermidade pode ser mais facilmente detectada. É possível também que ela fique em estado potencial no organismo, durante um tempo prolongado da vida do paciente, manifestando-se através de pequenos sinais. Além da herança genética, a pessoa pode apresentar carência da enzima necessária para a digestão ou elaboração de anticorpos.
Afora a diarréia, o paciente pode também se queixar de estiramento abdominal por acúmulo de gases, cólicas, ânsias e vômitos; emagrecimento; fraqueza generalizada; mutações constantes do humor; insônia; mudanças na pele; unhas e pelos quebradiços; anemia; alterações no ciclo de fertilidade; inchaço das pernas, entre outros. Estes são os sinais mais comuns, pois eles podem se diferenciar de indivíduo para indivíduo. As crianças podem ter seus sintomas ausentes durante o período da adolescência, e sentir seu retorno na idade adulta ou até na terceira idade.
Os médicos normalmente exigem a realização de exames hematológicos, principalmente os de anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomísio (AAE), para diagnosticar esta enfermidade. Porém, mesmo com toda confiabilidade que eles apresentam, não são definitivos para se ter certeza da ocorrência desta doença. É preciso também verificar possíveis mutações nas vilosidades que recobrem o intestino, retirando-se do local atingido um exemplar do tecido ali presente, através de uma endoscopia com biópsia.
Se este distúrbio orgânico for detectado, a pessoa nunca mais poderá se alimentar com substâncias que contenham glúten. A doença é de tal gravidade que, se o paciente não for submetido a tratamento, pode até mesmo vir a falecer. Também é possível encontrar esta enfermidade conectada a males como Dermatite Herpetiforme, Diabete Insulino-Dependente, Retocolite Ulcerativa, Tireoidite Auto-Imune, Colangite Esclerosante, Síndrome de Sjöegren e Cirrose Biliar Primária.
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Fontes http://www.riosemgluten.com/doenca_celiaca.htm http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?148
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