O Brasil é bastante diverso culturalmente e, por consequência, o folclore do país também.
As lendas são parte importante das tradições folclóricas, e cada região brasileira possui histórias ou versões diferentes.
Selecionamos 8 lendas presentes na região Nordeste para que você conheça mais sobre esses mitos fantásticos que encantam - e amedrontam - as pessoas ao longo dos anos. Confira!
Segundo essa lenda, que é muito contada na Bahia, o quibungo seria um monstro que persegue crianças rebeldes.
A aparência da criatura se assemelha a do bicho papão. Ele é peludo como um lobo, muito feio e malvado, e possui uma enorme boca cheia de dentes nas costas.
O bicho persegue as crianças que se recusam a dormir e que fazem malcriações. Quando capturadas, as crianças são devoradas e instantaneamente digeridas.
VEJA TAMBÉM: Cultura do NordesteSegundo conta a lenda, esse ser é um homem velho e maltrapilho que vive perambulando com um saco nas costas onde guarda os ossos das crianças que ele capturou.
Também conhecido como "homem do saco", essa figura teria a intenção de pegar crianças para comer seus fígados, por isso o nome "papa-figo".
Em algumas versões, ele teria a aparência de um homem idoso, em outras possui também grandes orelhas e dentes de vampiro.
A história é contada para as crianças com a finalidade de causar medo e de afastá-las de estranhos.
VEJA TAMBÉM: Papa-FigoA lenda do Barba Ruiva está relacionada à criação do rio Paranaguá, no Piauí.
Segundo os moradores contam, havia uma moça que engravidou do namorado e ficou muito triste. Envergonhada e em desespero, ela teve a criança, colocou-a em um tacho de cobre e pousou-a sobre um riachinho.
A Mãe-D'água, que vivia no riacho, ficou com raiva da situação e criou uma grande enchente, deixando as águas encantadas, de onde um choro de bebê era evocado. Era assim que nascia o Rio Paranaguá.
Depois disso, conta-se que um homem começou a sair das águas do rio. De manhã, ele surgia como um menino; à tarde como um jovem de barba ruiva; à noite, como um velho de barba branca.
Esse homem emerge do rio com a intenção de agarrar as moças que vão à beira do Paranaguá bater roupa. Conta-se que se ele for abençoado por uma dessas mulheres, o feitiço se desfaz.
VEJA TAMBÉM: Barba RuivaCabra Cabriola é uma lenda contada principalmente em Pernambuco e teve origem no fim do século XIX.
Segundo contam, essa personagem é metade cabra, metade monstro, possui dentes afiados e um cheiro fétido.
Ela vive procurando por crianças para se alimentar, mas também ataca pessoas que andam nas ruas sozinhas durante a noite.
O pior, é que o caprino também tem a habilidade de entrar nas casas a procura de meninos desobedientes.
VEJA TAMBÉM: Lendas do Folclore BrasileiroJeriquaquara, no Ceará, possui uma lenda sobre uma antiga cidade encantada que existia no local onde está hoje localizado um farol.
Era uma cidade incrível e próspera, onde vivia uma princesa que foi enfeitiçada e transformou-se em uma cobra. Com escamas douradas, ela manteve a cabeça e os pés de mulher, sendo uma figura abominável.
Ela deve ser desencantada com o sangue de algum humano, sacrificado para que volte a ser princesa e a cidade volte a existir.
Como nenhuma pessoa deu sua vida para que o feitiço seja quebrado, a princesa-cobra continua enclausurada.
VEJA TAMBÉM: Folclore BrasileiroEssa é uma lenda presente no arquipélago pernambucano de Fernando de Noronha.
Lá, conta-se que existe uma mulher vivendo numa elevação rochosa perto do mar, o Pico, que tem 323 metros de altura.
A mulher tem aparência de alemã (por isso o nome "alamoa"). Branca, de cabelos e olhos claros, a moça encanta os homens, atraindo-os à sua morada.
Quando chegam ao Pico, a Alamoa se transforma em caveira e joga os homens do penhasco.
VEJA TAMBÉM: AlamoaExiste uma história envolvendo o Rio Parnaíba, que divide os estados do Maranhão e Piauí.
Conta a lenda que havia uma família muito pobre. A mãe preparava sopas ralas para seu filho e colocava ossos na preparação.
O menino - de nome Crispim - certo dia se revoltou com a escassez de alimento e atirou o osso da sopa em sua mãe, que morreu atingida na cabeça.
Mas, antes de morrer, a mulher amaldiçoou o filho, obrigando-o a vagar pelo rio com a cabeça enorme, em forma de cuia.
A maldição só seria quebrada se Crispim matasse e comesse sete virgens de nome Maria. O menino então se desesperou e se matou, afogando-se no rio.
Desde então, seu corpo não foi encontrado e dizem que seu espírito continua vagando em busca das virgens.
VEJA TAMBÉM: Literatura de CordelA Comadre Fulozinha é uma personagem folclórica bastante conhecida no nordeste, principalmente na Região da Mata, que inclui Pernambuco e Paraíba Lá ela é chamada também de "Mãe da Mata".
Segundo conta a lenda, essa figura é uma cabocla de longos cabelos negros que vive pela floresta protegendo as plantas e animais. Por conta disso, pode ser confundida também com outra personagem do folclore, a caipora.
A Comadre Fulozinha pode ser muito amável, mas torna-se bastante maldosa com homens que adentram a mata para caçar ou desmatar. Ela usa seu assovio para deixá-los atordoados e perdidos na floresta.
Além disso, ela gosta de fazer nós nas crinas de cavalos e assustar as pessoas que não levam mingau para ela como oferenda.
VEJA TAMBÉM: Lendas IndígenasNão pare por aqui. Temos mais textos sobre o folclore que você vai gostar:
Show life that you have a thousand reasons to smile
© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.