A diva da música lírica, Maria Callas, batizada como Cecilia Sofia Anna Maria Kalogeropoulou, nasceu no seio de uma família grega, na cidade de Nova Iorque, no dia 2 de dezembro de 1923. Sua vida pessoal controvertida a popularizou, mas não mais que o estímulo ao desenvolvimento de uma nova forma de interpretar as criações operísticas.
Sua voz tinha um timbre único e emblemático, que a transformou na maior soprano da história do estilo lírico e na mais famosa intérprete operística do século XX. Além disso, ela protagonizou várias óperas já legadas ao esquecimento. Seus estudos neste campo tiveram um início promissor, com Elvira de Hidalgo, no Conservatório de Atenas, ao retornar com a mãe para a Grécia, por motivos econômicos.
No dia 21 de janeiro de 1941 ela estreia profissionalmente como Beatrice, na ópera Bocaccio, no Palas Cinema, em Atenas, com a Companhia de Teatro Lírico, ao lado da qual ela também se apresentará em Tosca, Tiefland, Cavalleria Rusticana, Fidelio e Der Bettelstudent, nos quatro anos seguintes.
Seu ‘debut’ na Itália ocorreu em 1947, na cidade de Verona, quando ela interpretou Gioconda, sob a direção do maestro Tullio Sefarin, que a partir de então se tornou seu mestre na música. Seu sucesso se espalhou por todo o país e ela subiu aos palcos do famoso teatro La Scala de Milão.
No ano de 1949 Callas contraiu matrimônio com Giovanni Battista Menegghini; esta união duraria apenas dez anos. Intensamente geniosa, ela encontrava em sua vida íntima a mesma dramaticidade que revelava nos palcos, ao interpretar suas inúmeras heroínas. Não era fácil para maestros e companheiros de trabalho atuarem ao seu lado, pois ela constantemente entrava em conflito com seus colegas, sempre por conta de seus ideais artísticos.
Depois de se separar de seu marido, mais velho que ela, Maria viveu uma forte paixão ao lado do grego Aristoteles Onassis, famoso por sua vasta fortuna, junto a quem não encontrou a felicidade, e sim uma repercussão sensacionalista na mídia. Em 1958, ao deixar o palco no meio da apresentação do espetáculo Norma, na Ópera de Roma, após se sentir mal, ela foi intensamente criticada pelos veículos jornalísticos da Itália, que a acusaram de arquitetar essa estratégia para atingir o presidente italiano, Giovanni Gronchi.
Seu espetáculo no Covent Garden, em 1952, marcou seu ingresso na Inglaterra. Logo depois ela realizou uma turnê por diversos recantos norte-americanos. Na década de 50 ela interpretou as performances femininas mais significativas da história da ópera, mas também atuou em papéis menores.
Callas manteve uma relação de amor e ódio com os administradores dos principais teatros em que atuou. No La Scalla de Roma ela entrou em conflito com Antonio Ghiringhelli, que a proibiu de subir ao seu palco, o que ela só voltou a fazer em 1960, com o espetáculo Poliuto, de Donizetti. Rudolf Bing a exonerou do Metropolitan, após algumas divergências entre ambos.
A última etapa de sua existência ela passou encerrada em sua residência, na capital francesa. Sua voz já não tinha o mesmo vigor. Apesar disso, participou de diversos concertos, em ‘master classes’ na célebre Julliard School de Nova Iorque, entre 1971 e 1972, e realizou incontáveis gravações. Callas faleceu em Paris, vítima de um infarto, aos 53 anos. Seu legado inclui diversas composições, entre elas algumas óperas integrais, das quais várias foram gravadas ao vivo.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Callas http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u323.jhtm http://www.callas.it/english/cronologia.html
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