Mario Sergio Cortella

O Professor da Pontifícia Universidade Católica, da Fundação Getulio Vargas, as duas de São Paulo, e da Fundação Dom Cabral, localizada em Belo Horizonte, Mario Sergio Cortella, é o criador da série O que a vida me ensinou, na qual ele enfoca diversas temáticas, tais como a verdade, a essência do ser humano, entre outras.

Este ex-monge e seguidor de Paulo Freire, embora tenha renunciado à vida religiosa, não deixou de lado a espiritualidade, a qual está sempre presente em sua obra. Ele fala com singeleza sobre suas vivências, temores e aborda os vários desafios que teve de vencer para alcançar a posição atual na existência.

Neste livro o personagem principal é a morte. Ele discorre sobre a iminência em que a vida se encontra de chegar ao fim, da qual o Homem é o único ser vivo que tem consciência. Disso decorre que ele deveria valorizar cada instante sagrado, por saber que ele pode ser o último.

O autor esclarece a importância de se transformar a vida em algo grandioso, conferindo-lhe sentido, razão de ser, principalmente por meio da religiosidade, a qual não deve ser traduzida somente como religião institucional. Ela se revela, antes de tudo, na coexistência, na solidariedade, na arte de compartilhar, na gratidão, na visão da existência como pura manifestação da beleza.

É preciso que o ser humano aprenda a deixar sua marca no mundo, a legar às pessoas uma herança espiritual, algo que leve todos a se lembrarem dele eternamente. Claro que as pessoas sempre atravessarão crises, momentos difíceis, tempestades e enfrentarão inúmeros obstáculos, mas elas têm que estar conscientes do valor da vida, mesmo com todos estes percalços.

Mario deixa claro que a religiosidade não deve ser confundida com a organização religiosa, a qual implica na mobilização de rituais, dogmas, livros sagrados. A Humanidade sempre foi guiada por princípios de religiosidade; ele afirma nunca ter se deparado com alguém que não tivesse pelo menos um mínimo de espiritualidade em sua alma.

O filósofo levanta inúmeras perguntas essenciais nesta obra, as quais perpassam as esferas da ciência, da arte, da filosofia e da religião, entre elas: porque existimos, assim como tudo que nos cerca? Qual, afinal, a razão de nossa vida? Segundo o autor, estas quatro disciplinas procuram encontrar respostas para estas questões cruciais, cada uma a sua maneira.

Os cientistas querem saber como atuam a vida e a morte, enquanto as outras áreas do conhecimento desejam descobrir o sentido de tudo. Estes campos contribuem para combater a teoria do acaso e o materialismo puro, o qual defende que somos obra da união aleatória dos átomos. Cortella acredita no vínculo entre a vida humana e uma força maior, justamente o que responde nossos questionamentos.

Fontes:

http://umavidanovaparaumaananova.blogspot.com/2010/11/viver-em-paz-para-morrer-em-paz-mario.html

http://www.travessa.com.br/O_QUE_A_VIDA_ME_ENSINOU_VIVER_EM_PAZ_PARA_MORRER_EM_PAZ/artigo/88c4b81b-b4ee-4638-9778-8044caa4a0da

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/mario-sergio-cortella-nao-adie-seu-encontro-espiritualidade-521429.shtml

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