A educação crítico-social permite ao aluno receber conteúdos que estão perfeitamente adequados à realidade vivida socialmente por ele. A escola se apresenta como o lugar por excelência das necessárias mudanças sociais, habilitando assim o estudante para sua entrada no universo adulto, bem como o estimula a atuar no interior de uma comunidade.
Este método, portanto, não aparta o teor das disciplinas ministradas no ambiente escolar da vivência em sociedade. As escolas que o adotam devem estar prontas para transformar os alunos em agentes críticos, cientes dos paradoxos que entretecem a teia social em que estão inseridos. O ensino nestas instituições é mais pluralizado, pois parte do ponto de vista de que os aprendizes têm a necessidade vital de entrar em contato com outras culturas que não sejam a sua.
A corrente crítico-social procura alcançar uma democratização do conhecimento e do aprendizado; assim, os menos favorecidos socialmente têm acesso aos mesmos saberes que serão administrados às camadas privilegiadas da sociedade; eles não são excluídos, a pretexto de ter sua cultura respeitada pelas demais classes sociais; não deve haver qualquer marginalização nas escolas que optaram por este método.
Desta forma é possível evitar os erros cometidos por outras instituições, nas quais a suposta aceitação da cultura alheia transforma-se em instrumento de manipulação política, pois contribui para preservar os mecanismos de exclusão social. Esta manobra se torna mais evidente quando se analisa o aprendizado do idioma; as modalidades lingüísticas mais ilustradas marcam significativamente as distinções sociais, pois por meio da fala e da escrita de uma pessoa é possível avaliar que estrato da sociedade ela integra, o que acentua o processo de não inclusão.
Nesta metodologia destaca-se sempre a importância de todos acessarem o conhecimento histórico, para melhor se posicionarem frente ao contexto atual; com este fim o aluno é motivado a interagir ativamente na prática educativa, confrontando suas próprias vivências individuais e coletivas com o conteúdo ministrado pelos professores.
Outro elemento importante desta pedagogia é possibilitar ao estudante a revisão crítica de todo saber transmitido a ele, bem como da esfera social em que se movimenta. Desta forma, a tendência crítico-social produz pessoas politicamente conscientes sem ter que recorrer a recursos puramente ideológicos e manipuladores.
Do contrário, esta modalidade pedagógica formaria alunos desprovidos da objetividade necessária para que se veja o contexto em que se vive com o mínimo de capacidade crítica. O objetivo desta corrente é, portanto, gerar um ambiente no qual o aprendiz possa interagir com o aprendizado oferecido pelo professor, munido de seu arsenal individual de experiências e práticas cotidianas. Embora a atuação dos mestres seja fundamental no aprendizado, a integração ativa do aluno neste processo educativo é também essencial.
Fontes: Almanaque Saraiva. Ano 5. # 53. Setembro/2010. Pág. 16. http://pt.shvoong.com/humanities/theory-criticism/1631578-tend%C3%AAncia-cr%C3%ADtico-social-dos-conte%C3%BAdos/
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