Narratologia, como o próprio nome identifica, é o estudo de narrativas, porém, aprofundado um pouquinho além do que sua nomenclatura traz, ou seja, divide-se em duas abordagens: ficção e não-ficção, analisando suas estruturas e elementos. Seus maiores estudiosos são os roteiristas e os dramaturgos. Foram os franceses que iniciaram as observações acerca do tema, os russos também deram sua contribuição e um grande nome da área é o filósofo italiano Umberto Eco.
Dentre os renomados ícones que trataram do tema em questão destaca-se o professor e autor de livros, o português Carlos Reis, um dos maiores especialistas em narratologia no mundo; e Tzetan Todorov, que foi quem introduziu o termo, traduzido do vocábulo francês ‘narratologie’, em sua obra ‘Gramática do Decameron’(1969).
Com uma certa proximidade com a análise de discurso, a narratologia é fortemente influenciada pelas correntes teóricas estruturalistas, que, também como a linguística, defende o meio social como determinante no conjunto das relações individuais ou de um grupo. Sendo assim, o estudo das narrativas vai buscar os contextos sociais e históricos em que o objeto de análise está inserido.
De acordo com Gerald Prince, “tal como o linguista pretende estabelecer uma gramática descritiva da língua, também o narratologista tem como objectivo descrever o funcionamento da narrativa e demonstrar os seus mecanismos, isto é, criar a gramática dos textos narrativos.”
Além disso, a busca pela maneira que os textos narrativos são feitos e elaborados é responsabilidade da narratologia. Há também a crença de que os homens podem, seguindo algumas normas, criar de novo ou fazer de uma maneira diferente a realidade em que vivem, através das narrativas.
A narratologia analisa os variados tipos de textos existentes e separa o gênero textual narração para ser seu objeto de estudo. Feito isto, o próximo passo é uma observação mais aprofundada das características presentes nas narrativas, que são, de acordo com os formalistas russos: agente narrativo, atores, história, fábula, tempo, lugar e acontecimento.
A relação com a realidade, inclusive com historias de ficção, é ideal, pois é através da primeira que se pode criar um paralelo e deduzir quando se trata de uma fábula ou não. A compreensão dos textos também acontece quando se faz a analogia entre fatos reais e surreais.
Finalizando, a sociolinguística aparece também com suas contribuições, pressionado para haver uma mudança de nomenclaturas e visões, na qual a narrativa seja vista como um processo, deixando de ser analisada como um produto.
Bibliografia: http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa/g_pdf/vol4/vol4_sn.pdf http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=69&Itemid=2
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