As cirurgias bariátricas podem trazer uma série de complicações, que variam com o tipo de procedimento:
Bypass jejunoileal: Neste tipo de procedimento, a complicação mais comum é a cirrose hepática, com insuficiência hepática oriunda da desnutrição e absorção de toxinas produzidas na grande extensão do intestino delgado excluído no trânsito intestinal, por este motivo esta técnica foi abandonada.
Biliopancreática de Scopinaro: As complicações mais frequentes são diarreia, flatulência, anemia, úlceras de boca anastomótica, desmineralização óssea e má absorção proteica.
Duodenal Switch: As principais complicações são diarreia, má absorção de cálcio e proteína.
Bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR): As complicações mais comuns são: úlceras nas anastomoses, sangramento intestinal, úlcera gástrica duodenal do segmento excluído, torção do braço do Y-de-Roux, obstrução de alça, estenose do estoma e colelitíase.
Gastroplastia vertical com banda: Neste tipo de procedimentos os índices de complicações e mortalidade são baixos, porém a recidiva da obesidade, após 10 anos é alta. por este motivo esta técnica tem sido abandonada mundialmente.
Banda gástrica ajustável (BGA): Neste procedimento, as complicações podem ser transoperatórias ou tardias. No intra-operatório, pode ter conversão para laparotomia, por lesão de vísceras. Pode haver febre persistente, como indício de infecção precoce da banda, o que pode exigir sua retirada. Nos primeiros dias após a cirurgia, pode ocorrer deslizamento da banda, decorrente de ruptura dos pontos da tunelização e das infecções. Entre as complicações tardias estão esofagite de refluxo, vômitos frequentes, megaesôfago e reganho de peso, o que pode levar alguns especialistas e autores a fazer restrições a esta modalidade.
Balão intragástrico: Podem acontecer efeitos adversos por intolerância inicial do balão, que pode gerar náuseas, vômitos e dor epigástrica. Raramente podem ocorrer úlceras e perfurações gástricas. Em casos isolados pode acontecer obstrução intestinal, que necessita de intervenção cirúrgica. As complicações neurológicas são vistas como as mais temidas por seu potencial de irreversibilidade. As deficiências nutricionais decorrentes da operação são os fatores mais importante na sua patogenia.
Em caso de dúvidas sobre cirurgias bariátricas, um médico (preferencialmente um gastro cirurgião), deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento.
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