A velocidade da luz no vácuo é de 299 792 458 m/s. Para facilitar os cálculos que envolvem a velocidade da luz, usamos frequentemente a aproximação:
c = 3,0 x 108 m/s ou c = 3,0 x 105 km/s
O valor da velocidade da luz é extremamente elevado. Para se ter uma ideia, enquanto a velocidade do som no ar é de aproximadamente 1 224 km/h, a velocidade da luz é de 1 079 252 849 km/h.
É exatamente por essa razão que quando ocorre uma tempestade, vemos o clarão (relâmpago) de um raio muito antes que escutamos seu ruído (trovão).
Em uma tempestade podemos perceber a grande diferença entre a velocidade do som e da luz.
Ao se propagar em outros meios, diferentes do vácuo, a velocidade da luz sofre uma redução no seu valor.
Na água, por exemplo, sua velocidade é igual a 2,2 x 105 km/s.
Uma consequência deste fato é o desvio sofrido por um feixe luminoso ao mudar o meio de propagação.
Esse fenômeno ótico é chamado de refração e ocorre pela mudança na velocidade da luz em função do meio de propagação.
Devido a refração a colher parece "quebrada"
De acordo com a Teoria da Relatividade de Albert Einstein nenhum corpo pode alcançar velocidade superior ao da velocidade da luz.
Na tabela abaixo, encontramos os valores da velocidade quando a luz se propaga em diferentes meios transparentes.
Até meados do século XVII, acreditava-se que o valor da velocidade da luz era infinito. A preocupação com o tema é uma constante ao longo da história. Aristóteles (384-322 a.C.) já observava que a luz levava algum tempo para chegar à Terra.
Ele próprio, contudo, chegava a discordar e até Descartes tinha a ideia de que a luz viajava instantaneamente.
Galileu Galilei (1554-1642) tentou medir a velocidade da luz, usando um experimento com duas lanternas separadas por uma grande distância. Contudo, os equipamentos usados não foram capazes de fazer tal medição.
Foi somente em 1676 que um astrônomo dinamarquês chamado Ole Romer fez a primeira medição real da velocidade da luz.
Trabalhando no Observatório Real de Paris, Romer elaborou um estudo sistemático de Io, uma das luas de Júpiter. Ele percebeu que o planeta passava por eclipses em intervalos regulares com diferenças a partir do afastamento da Terra.
Em setembro de 1676, o cientista previu corretamente um eclipse - com 10 minutos de atraso. Ele apontou que, como a Terra e Júpiter se movem em órbitas, a distância entre eles varia.
Assim, a luz de Io - que é o reflexo do Sol - levou mais tempo para chegar à Terra. A demora aumentava à medida que os dois corpos celestes se distanciavam.
Quanto mais afastada de Júpiter, maior a distância extra para a luz percorrer o diâmetro igual ao da órbita da Terra em comparação com o ponto de maior aproximação. A partir dessas observações, Romer concluiu que a luz levou cerca de 22 minutos para cruzar a órbita da Terra.
Em resumo, as observações de Romer indicavam um número próximo ao da velocidade da luz. Mais tarde, chegou-se à precisão de 299 792 458 metros por segundo.
Em 1868, as equações do matemático e físico escocês James Clerk Maxwell tinham como base os trabalhos de Ampère, Coulomb e Faraday. Segundo ele, todas as ondas eletromagnéticas viajavam exatamente na mesma velocidade da luz no vácuo.
Maxwell concluiu, ainda, que a própria luz, em si, era um tipo de onda que viaja através de campos elétricos e magnéticos invisíveis.
O cientista apontou que a luz e outras ondas eletromagnéticas devem viajar a uma certa velocidade fixa em relação a algum objeto que ele batizou de "éter".
O próprio Maxwell não conseguiu explicar o funcionamento do "éter" e foi Einstein que solucionou a questão. Segundo o cientista alemão, a velocidade da luz é constante e não depende do observador.
A compreensão da velocidade da luz passa, assim, a ser o alicerce da Teoria da Relatividade.
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