A África possui sete diferentes formações climáticas, através das quais podemos perceber a influência de diferentes fatores como a latitude, relevo, correntes marítimas e zonas de alta e baixa pressão. A latitude determina o nível de insolação. O relevo influencia a temperatura – quanto maior a altitude, mais frio é – e pode impedir que a umidade se dissipe ou que chegue em algumas regiões. As correntes marítimas causam um efeito parecido com o relevo, impedindo que a umidade chegue a uma determinada área, ou então fornecendo mais umidade. As zonas de pressão alteram os ventos, podendo tornar um lugar árido ou úmido, repelindo ou atraindo a umidade para determinada localidade.
Pequenas porções do norte e do sul da África são dominadas por climas subtropicais. Encontramos o clima mediterrâneo de verão quente no norte do Marrocos, Argélia e Tunísia, e também em uma pequena porção ao norte da Líbia e sul da África do Sul. Esse clima é resultado de uma combinação de correntes marítimas frias e zonas de alta pressão, que formam verões quentes, com médias em torno de 27°C, e secos, com precipitação inferior a 100mm. Os invernos são brandos, com médias acima de 10°C, e úmidos, com precipitação máxima em torno de 750mm. O clima subtropical úmido de invernos secos é encontrado no leste da África do Sul e se caracteriza pelo comportamento de monções, onde os ventos úmidos sopram em direção à terra no verão, e ventos secos impedem a chegada da umidade no inverno. O litoral leste da África do Sul apresenta o clima marítimo da costa oeste, com verões e invernos brandos e chuvas bem distribuídas durante o ano.
Os climas secos dominam grande parte do norte da África, indo do Oceano Atlântico ao Oceano Índico, e uma porção considerável ao sul. O clima desértico tropical e subtropical quente é detectado no norte e sudoeste do continente, no Saara e Kalahari/Namíbia, respectivamente. As temperaturas são altíssimas durante o dia, chegando a 50°C, e frias durante a noite, alcançando temperaturas negativas. A média anual de precipitação não passa dos 300mm. A pouca precipitação e a amplitude térmica diária devem-se à baixa umidade encontrada nesses locais. O deserto do Saara está localizado abaixo de uma zona de alta pressão subtropical, que impede a umidade de se aproximar. A região do Kalahari/Namíbia sofre a influência de uma corrente marítima fria, que faz com que a umidade condense antes de adentrar o continente. O clima de estepe (semiárido) subtropical quente se apresenta nas periferias desses desertos, com verões secos de temperaturas altas, e invernos úmidos e brandos.
A região central africana se mantém sob influência dos climas tropicais. O clima tropical de monções ocorre em uma pequena parte do litoral oeste da África, com uma estação seca e outra chuvosa, e temperaturas altas. Essa formação climática sofre com as variações de zonas de alta pressão e da zona de convergência intertropical (ZCIT). Quando a ZCIT age, há uma grande quantidade de precipitação. O clima de floresta tropical pluvial também é encontrado no centro do continente, onde observamos um alto índice pluviométrico e temperaturas altas e constantes durante todo o ano. O clima de savana tropical domina o centro africano, com seus verões chuvosos, influência da ZCIT, invernos secos, alta pressão subtropical, e temperaturas com pouca variação durante o ano (médias de 27°C).
O clima de montanha pode ser encontrado nas partes mais elevadas da África, como o planalto da Etiópia e os montes Mitumba. A altitude mantém o clima com baixas temperaturas e precipitação, devido à falta de condensação. A precipitação ocorre, portanto, principalmente em forma de neve.
Fontes:
CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: Uma introdução a. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. Francisco Mendonça
http://espanol.mapsofworld.com/wp-content/uploads/2011/09/mapa-fisico-de-africa.jpg
http://africanarede1203.blogspot.com.br/2009/10/africa-possui-inumeros-desertos-como-o.html
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