População da Europa

A população da Europa é de 738,8 milhões de pessoas, sendo a quarta maior população mundial entre os continentes, estando atrás de Ásia, África e América. O continente europeu possui uma área de aproximadamente 10.180.000 km², sendo o segundo menor, com uma densidade populacional de 72,9 hab./km².

A área central da Inglaterra, a bacia baixa do Reno, na Alemanha, e o Vale do Pó, na Itália, são as regiões com as mais altas densidades demográficas do continente. Isso se deve à sua tradição industrial, além da grande estrutura de serviços e comunicações.

A Primeira Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XVIII na Inglaterra – possibilitada principalmente pelas relações com as colônias africanas e americanas, pelo comércio com países asiáticos e pela presença de ferro e carvão em abundância no subsolo europeu – garantiu o desenvolvimento e acumulação de riquezas na Europa. As indústrias influenciaram a população europeia a migrar para as cidades, impulsionando a urbanização. A Europa foi o primeiro continente a passar por esse processo e, atualmente, tem 74,3% de sua população vivendo em áreas urbanas.

As regiões mencionadas caracterizam-se também pela descentralização urbana, com uma população distribuída de forma mais equilibrada entre diferentes cidades. No centro da Inglaterra, por exemplo, cidades como Liverpool, Manchester, Leeds, Bradford e Sheffield dividem a população. É o mesmo caso de Colônia, Düsseldorf, Duisburg, Essen e Dortmund, na bacia do Reno e Turim e Milão, no Vale do Pó. Porém, há casos de metrópoles que seguem o tradicional modelo de urbanização centralizadora, como Paris, Londres e Moscou. Enquanto essas localidades concentram grande densidade populacional, há grandes áreas que, devido a distintas adversidades, são quase desabitadas. Em geral, a Europa ocidental concentra altas taxas de população urbana, enquanto a oriental, principalmente a região balcânica, tem a maior concentração de pessoas no campo. Os países mais urbanizados são Islândia (96,7%), Bélgica (96,6%) e Holanda (90,5%).

A Europa é o continente que apresenta a população mais envelhecida, o que se deve ao fato de possuir a menor taxa de crescimento populacional entre os continentes, com apenas 0,06% ao ano. A Europa também possui a menor taxa de fecundidade, que é de 1,6 filhos/as por mulher, e a mais elevada taxa de idade média da população, que é de 42 anos. Essa tendência não é recente na Europa, e as migrações tiveram papel muito importante para o reequilíbrio populacional, garantindo população em idade ativa para o mercado de trabalho. No período de 1995-1998 a Europa recebeu cerca de 600 mil imigrantes por ano. Em muitos casos, as migrações provêm de países com antigos laços coloniais ou que são parte de regiões de influência.

Mesmo com a compensação à baixa taxa de natalidade europeia, esses fluxos migratórios despertaram reações de hostilidade em vários países, influenciando inclusive partidos ultranacionalistas a ganharem espaço na política, com propostas e intenções claramente xenofóbicas.

As mudanças na política imigratória ampliaram a entrada clandestina que, em muitos casos, termina em tragédia. As tentativas de adentrar o território europeu em embarcações precárias e superlotadas já ocorrem há muito tempo e são comuns na atualidade.

As três classes linguísticas faladas na Europa – germânica (norte e centro), românica (no sul) e eslava (no leste) provêm dos indo-europeus, conjunto de povos que invadiram a Europa há aproximadamente quatro mil anos. O grego e o albanês também têm a mesma origem. Da mesma família também são o letão e o lituano, no Báltico, e as línguas celtas, na costa atlântica. Para além dessas ramificações, encontram-se as línguas uralianas, as caucásias e o basco. Em diferentes países europeus, várias línguas locais se tornaram o principal veículo de reivindicações nacionalistas.

Fontes:

ATLAS Geográfico Mundial: para conhecer melhor o mundo em que vivemos. [S.l.]: Sol9o, 2005.

GRANDE Atlas Universal: América do Norte e Caribe. [S.l.]: Sol 90, 2004.

GARCIA, Valquíria Pires; BELLUCCI, Beluce. Radix: geografia. São Paulo: Scipione, 2013.

http://www.worldometers.info/world-population/

http://pt.actualitix.com/

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