População da Oceania

A Oceania é o continente menos povoado do planeta, com densidade populacional de 5hab./km². Menos de 1% da população mundial habita o continente e praticamente metade de seus aproximados 36,5 milhões de habitantes vive na costa sudeste da Austrália. Na região as principais aglomerações urbanas são Melbourne (4.347.955 habitantes), Sydney (4.757.083), Adelaide (1.203.873) e Brisbane (2.274.600). O restante do território australiano registra densidade demográfica inferior a 1hab./km². Nas grandes áreas de deserto, nas regiões norte e central do país vivem povos nativos da Oceania, os aborígenes, e trabalhadores ligados à pecuária.

Somando-se a população da Austrália às de Nova Zelândia e Papua Nova Guiné, chega-se ao impressionante número de 33 milhões de habitantes, isto é, 92% de toda a população do continente. O restante da população, equivalente a 8%, distribui-se pelas inúmeras ilhas que do continente que formam a Melanésia, Micronésia e Polinésia.

A população urbana na Austrália é de 89% e, na Nova Zelândia, 86%. No caso de Papua-Nova Guiné, a população é majoritariamente rural, tendo um índice de urbanização de apenas 12%. Mesmo abrigando grande parte da população total do continente, esses países não são muito povoados. Papua-Nova Guiné tem uma densidade populacional de 11hab./km², enquanto Nova Zelândia tem 16.5hab./km² e Austrália, apenas 2,96hab./km². Os três países, portanto, possuem extensas áreas de vazios demográficos.

Samoa e Fiji são as ilhas da Oceania que apresentam as maiores densidades populacionais. Samoa registra 60hab./km² e Fiji, 148hab./km². Em toda a Oceania, apenas esses dois países têm uma densidade superior do que a média mundial, que é de 57hab./km² (em 2016). Vanuatu e Salomão também possuem densidades populacionais de destaque, com 17hab./km² e 18hab./km², respectivamente.

A colonização da Austrália e Nova Zelândia ocorreu tardiamente (se compararmos com a ocorrida na América), entre os séculos XVIII e XIX, e for protagonizada pelos ingleses. Juntamente com eles, imigrantes europeus de diferentes países chegaram nesses países, o que resultou na grande diversidade étnica e cultural que se desenvolveu historicamente.

Assim como na América, os povos nativos da Oceania, como os aborígenes e maoris, foram dizimados por conta dos conflitos com os colonizadores e doenças trazidas por eles. As atividades econômicas como agropecuária e mineração expulsaram essa parcela da população de seus territórios. Os maoris são apenas 10% da população neozelandesa hoje e os aborígenes, apenas 3% da população australiana.

Como a colonização na Austrália e Nova Zelândia foi de povoamento, e não de exploração, esses países puderam de desenvolver ao longo de sua história. Por esse motivo, são os únicos países no continente que apresentam uma economia desenvolvida. Os investimentos nas áreas sociais (saúde, educação, emprego, previdência social e programas sociais) proporcionaram a australianos e neozelandeses maior qualidade de vida, com a acesso a serviços e infraestruturas que destoam em grande medida da realidade da grande maioria dos países da Oceania.

A imensa desigualdade pode ser notada ao comparamos as estatísticas das duas nações desenvolvidas com as outras três que concentram a maior parte da população. Austrália e Nova Zelândia possuíam cada um, em 2012, um IDH de 0,929 e 0,908, renda per capita de 44 e 29 mil dólares e um PIB de US$956.912.000.000 e US$125.000.000.000, respectivamente. Fiji, Ilhas Salomão e Papua-Nova Guiné possuíam cada um, no mesmo ano, um IDH de 0,688, 0,510 e 0,466, renda per capita de US$4.000, US$1.000 e US$1.000, além de um PIB de US$3.085.000.000, US$552.000.000 e US$8.935.000.000, respectivamente.

Como se pode imaginar através análise das diferenças no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada país, os dois primeiros também possuem taxas de mortalidade infantil e expectativa de vida muito mais satisfatórios que os demais.

Fontes:

GARCIA, Valquíria Pires; BELLUCCI, Beluce. Radix: geografia. São Paulo: Scipione, 2013.

MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2004.

http://www.worldometers.info/world-population/

http://pt.actualitix.com/

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