Relevo da América do Norte

A América do Norte, de modo geral, é geologicamente antiga, embora possua formações mais recentes. No Canadá, por exemplo, encontram-se rochas de 3,96 bilhões de anos, que estão entre as mais antigas do planeta.

No subcontinente observa-se a presença de planaltos cristalinos e metamórficos, que foram rebaixados pela ação dos agentes do intemperismo, e extensas planícies sedimentares situadas entre os planaltos e as Montanhas Rochosas. As áreas de planaltos antigos ocorrem ao longo da costa atlântica, representada pelo Planalto Laurenciano, no Canadá, e pelos Montes Apalaches, nos Estados Unidos. Essas regiões são ricas em recursos minerais ferrosos, como ferro e manganês.

A formação dos Montes Apalaches ocorreu a cerca de 400 milhões de anos, no período devoniano. Com o tempo, a região foi sendo dividida pelos rios e ações glaciais, originando um grande cinturão de planaltos e montanhas baixas. Assim como o planalto dos Apalaches, o planalto do Labrador também é formado de escudos cristalinos da mesma idade. Esse tempo propiciou desgaste suficiente para formar planícies nas áreas centrais, com muitos lagos originados do degelo dos últimos períodos glaciais.

O aprofundamento da escavação do famoso Grand Canyon foi causado pela água do degelo e, portanto, também tem sua origem na glaciação ocorrida há 10 mil anos. O processo erosivo do Grand Canyon já ocorria desde o período pré-cambriano. Em relação aos processos erosivos que moldam o relevo norte-americano, também se destaca o Rio Colorado, que escavou quase dois mil metros e expôs rochas de mais de 2 bilhões de anos.

Entre o noroeste do Canadá e o estado do Novo México, nos Estados Unidos, estão localizadas as Montanhas Rochosas, onde é possível observar a constituição de cadeias de montanhas paralelas, formando platôs elevados e vales profundos. Esse conjunto de terras mais altas define bem as grandes bacias hidrográficas dos Estados Unidos e do Canadá. As Montanhas Rochosas são uma formação geologicamente recente, formadas pela movimentação das placas tectônicas ao longo da costa do Pacífico, com cumes que chegam a atingir quatro mil metros de altitude. Seu ponto mais elevado é o Monte Elbert, com 4.399m.

Em relação às Montanhas Rochosas, muitos geólogos apontam que somadas às montanhas do Alasca e o conjunto das Sierras Madres mexicanas, elas fazem parte de uma mesma extensão geológica – que poderia ser uma cordilheira contínua ligada aos Andes sul-americanos, não fosse a fenda existente no Panamá que intercala as grandes altitudes. O pico mais elevado da América do Norte é o Monte Denali, com 6.194m.

Mais ao sul, o Planalto Mexicano chama atenção devido à sua dimensão, ocupando um quarto do território do país. Encravado entre as majestosas Sierra Madre Oriental e Sierra Madre Ocidental, o planalto é um prolongamento das grandes planícies ao norte do subcontinente. Situa-se a mais de 1.000m de altitude e avança ao longo de 1.800km, a partir da costa do Rio Bravo, na fronteira com os Estados Unidos.

O relevo do México, predominantemente montanhoso, se caracteriza por ser acidentado e pela presença de muitos vulcões. A Sierra Madre Oriental e a Sierra Madre Ocidental atravessam o território mexicano de norte a sul. A Sierra Madre Ocidental termina em Nayarit, encontrando a Serra Madre do Sul. Na divisa entre elas está o Eixo Neovulcânico, que atravessa o território de leste a oeste, unindo-se à Sierra Madre Oriental na Serra Mixteca, a 3.395 metros de altitude. Nesse eixo, de grande atividade vulcânica, estão os pontos de maior altitude do México: o Pico de Orizaba (5.610m), Popocatépetl (5.462m), Iztaccíhuatl (5.286m), entre outros. As prolongações ao sudeste da Sierra Madre Oriental são conhecidas como Sierra Madre de Oaxaca e a Sierra Madre de Chiapas.

Leia também:

  • Economia da América do Norte
  • População da América do Norte
  • Clima da América do Norte
  • Vegetação da América do Norte

Fontes:

ATLAS Geográfico Mundial: para conhecer melhor o mundo em que vivemos. [S.l.]: Sol9o, 2005.

CASTELLAR, Sônia; MAESTRO, Valter. Geografia: uma leitura do mundo. São Paulo: Quinteto Editorial, 2009.

GRANDE Atlas Universal: América do Norte e Caribe. [S.l.]: Sol 90, 2004.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/pico-mais-alto-da-america-do-norte-muda-de-nome-e-diminui-35-metros.html

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