A Oceania compreende a Austrália e os arquipélagos da Melanésia, Micronésia e Polinésia. É o menor continente do planeta, com uma área semelhante à do Brasil. Contém mais de 10 mil ilhas, abrangendo uma superfície de cerca de 8.500.000 km². Aproximadamente 86% desse território é ocupado pela Austrália, única plataforma continental, enquanto o restante é formado pelas inúmeras ilhas de origens diferenciadas, podendo ser: ilhas continentais, vulcânicas ou coralíneas (atóis). O relevo do continente apresenta características muito diversificadas devido ao fato de ser formado por terrenos de idades geológicas muito diferentes.
Situada ao centro do continente, a nordeste da Austrália, a Melanésia é um conjunto de ilhas das quais fazem parte: as Salomão, o arquipélago de Bismarck, Vanuatu, Fiji, Nova Caledônia, Nauru, Tuvalu e, a maior delas, a da Nova Guiné (Papua-Nova Guiné). Algumas delas, as maiores ilhas da Oceania, são consideradas continentais, por terem a mesma estrutura rochosa dos continentes. A geologia dessas ilhas é baseada em rochas cristalinas muito antigas, assim como a Austrália.
A norte e nordeste da Melanésia, localiza-se a Micronésia. Fazem parte dessa região ilhas que, em geral, se formaram de corais ou atividades vulcânicas. São elas: as ilhas Marianas, Palau, ilhas Marshall, Kiribati, entre outras.
A terceira região é a Polinésia, que representa o conjunto mais afastado da Austrália. Suas diversas ilhas estão distribuídas na área central do oceano Pacífico, a leste do continente. Pode-se destacar nesse conjunto de ilhas os arquipélagos do Havaí, Bora Bora, Cook, Samoa, Midway, Tonga, Tuamotu e Taiti. Em geral, as maiores ilhas são vulcânicas. O relevo dessas ilhas é marcado por dezenas de picos de origem vulcânica com mais de 2.500m de altitude. Na Ilha do Sul, na Nova Zelândia, se erguem os Alpes neozelandeses, cordilheira de origem recente que tem o Monte Cook como seu ponto culminante, com 3.764m. As menores ilhas da Polinésia, costumam ser coralíneas, e a maior corrente de atóis do mundo concentra-se na região.
A Austrália é um enorme maciço antigo e, como se encontra no centro da placa tectônica Indo-australiana, não possui dobramentos modernos nem vulcões ativos. Sua superfície é composta basicamente de extensos planaltos rochosos, elevações montanhosas suaves e bacias sedimentares ao longo dos vales dos rios.
No relevo da Oceania existem quatro grandes unidades geomorfológicas: o escudo australiano, a geossinclinal da Tasmânia, os arcos melano-zelandeses e o próprio Oceano Pacífico. Os territórios mais antigos são do escudo pré-cambriano, no oeste e no centro da Austrália. Os maciços de Hamersley, a noroeste, e de Kimberley, ao norte, bem como a região central de Alice Springs, afloramentos desse escudo, que em outras áreas é recoberto por sedimentos de idades diversas, inclusive do período quaternário.
A leste do escudo australiano, está a geossinclinal da Tasmânia, que possui as maiores elevações da Austrália. Seu ponto culminante é o monte Kosciuszko, com 2.228m. Montanhas de altitude moderada formam o divisor continental denominado Grande Cadeia Divisória, a cerca de 300km do mar.
Os arcos que se estendem da Nova Guiné à Nova Zelândia são a continuação das guirlandas insulares da Ásia oriental e meridional, áreas de intenso vulcanismo. De um modo geral, o relevo se dispõe em alinhamentos paralelos a depressões, emersas na nova Guiné e imersas em outras partes. Nas ilhas Fiji existem alinhamentos maiores, separados por depressões. Na Melanésia, os relevos emersos do continente são mais elevados, atingindo 5.000m no pico Sukarno, na Nova Guiné Ocidental, que possui ostenta uma geleira em plena linha do Equador. Por ser um processo recente, a orogênese ainda está ocorrendo em algumas áreas, como é o caso na Nova Guiné.
Fontes:
GRANDE Atlas Universal: Ásia e Oceania II. [S.l.]: Sol 90, 2004.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2004.
NOVA ENCICLOPÉDIA BARSA. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. São Paulo: Melhoramentos, 1998.
TAMDJIAN, James Onnig; MENDES, Ivan Lazzari. Estudos de geografia: o espaço do mundo I, 8º ano. São Paulo: FTD, 2012.
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