Ataxia é uma palavra de origem grega, também chamada de distaxia que significa incapacidade de coordenação. A palavra designa um sintoma decorrente de alguma doença prévia, portanto não é um diagnóstico tampouco uma doença específica. A ataxia é, normalmente, causada por perda de função do cerebelo, cujo qual é responsável pela coordenação motora, porém também se dá pela perda da função espinhal ou de vias que interligam essas duas estruturas. A perda de coordenação pode ser causada por diversas condições médicas, e os sintomas podem variar de acordo com a região afetada do cerebelo ou medula espinhal, afetando os movimentos das mãos, dos dedos, das pernas, do corpo, a deglutição, o tônus muscular entre outros. O aparecimento desses sintomas pode ser súbito ou gradual.
Os fatores de risco que podem aumentar a chance do indivíduo desenvolver a ataxia cerebelar aguda são as infecções virais, exposição a drogas como inseticidas, toxinas e outras. A idade também pode influenciar, indivíduos com idade igual ou menor a três anos de idade, e a vacinação. As principais causas de ataxia são infecções como a varicela, pneumonia por mycoplasma, HIV, doença de Lyme, vírus Epstein-Barr, a exposição a metais pesados como o chumbo e o mercúrio, hemorragias cerebelares, derrames, abscessos, obstrução arterial ou formação de coágulos sanguíneos, vertigens, enxaquecas, o uso abusivo do álcool entre outros fatores. Em alguns casos podendo ser reversível, lembrando que todos esses casos são considerados ataxia adquirida, portanto o indivíduo não nasce com essa condição.
É importante ressaltar que a ataxia também é utilizada para designar um transtorno degenerativo do sistema nervoso central específico, neste caso uma condição hereditária, cuja qual é causada por alterações genéticas afetando todos os gêneros de diferentes faixas etárias. Essas alterações genéticas são causadas pela mutação de um gene que produz proteínas defeituosas, e podem ser transmitidas para a próxima geração quando os pais portam o gene recessivo, ou seja, quando a criança herda a mutação genética de ambos recebendo os dois alelos do mesmo gene com essa modificação gênica, porém neste caso, os pais não apresentam nenhum sintoma, pelo caráter recessivo do gene. Também há a possibilidade do indivíduo herdar o gene dominante, neste caso basta um dos pais ser portador da mutação. A diferença clínica entre as ataxias autossômicas dominantes e as recessivas está nas regiões acometidas, onde as dominantes acometem o sistema neurológico e as recessivas também podem acometer o sistema sensorial, motor, endócrino e cardiovascular.
O tratamento da ataxia busca melhorar a qualidade de vida do paciente corrigindo a causa buscando a recuperação do indivíduo, entretanto, não são todos os casos passíveis de plena recuperação, portanto o tratamento normalmente envolve uso de dispositivos como bengalas, andadores, cadeiras que permitam autonomia do paciente da melhor forma possível. A terapia com medicamentos é feita de modo sintomático objetivando o retardo da progressão do distúrbio, controlando sintomas melhorando a qualidade de vida do paciente. Quando há doença que seja base para o aparecimento desses sintomas o tratamento normalmente se volta a corrigir a doença. Um exemplo é ataxia provocada por depleção de vitaminas como a E e a vitamina B12, neste caso o tratamento é focado na reposição desses nutrientes pela suplementação e pela dieta equilibrada, e nos casos de intoxicação por alguma droga o tratamento foco é a suspensão do consumo dessas substâncias.
Bibliografia:
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Hospital infantil Sabará, 2019, “Ataxia Cerebelar aguda” Disponível em : https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/ataxia-cerebelar-aguda/ Acesso em: 20/11/19
Drauzio Varela, 2019, “Ataxia” Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/ataxia/ Acesso em : 19/11/19
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