A Atenção Farmacêutica (AF) é considerada como a atividade prática essencial do trabalho do farmacêutico, que se associa a um interesse amplo e crescente por desenvolver e adquirir habilidades para a implantação de serviços básicos de Atenção Farmacêutica como a dispensação, a indicação farmacêutica, o seguimento farmacoterapêutico, a farmacovigilância e a educação sanitária. (Dader, 2000)
A Atenção Farmacêutica foi definida pela primeira vez por Hepler e Strand (1990) como a provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Posteriormente, a OMS estendeu o benefício da Atenção Farmacêutica para toda a comunidade e ainda reconheceu o farmacêutico como um dispensador de atenção à saúde, que pode participar ativamente na prevenção de enfermidades e na promoção da saúde, junto com outros membros da equipe de saúde (OMS. 1993). Desde então, têm se produzido, no âmbito internacional, discussões sobre este tema na busca do entendimento do significado desta prática, objetivando sua adaptação e integração aos modelos de saúde de cada país.
Além disto, existe um consenso de que a maior contribuição do farmacêutico consistirá na avaliação da farmacoterapia e na sua contribuição para o alcance dos objetivos em saúde. Na prática, sua função abrangerá a identificação, prevenção e resolução dos resultados negativos associados aos medicamentos e de suas causas variáveis. (Dader, 2000)
A Atenção Farmacêutica representa uma filosofia de prática profissional do farmacêutico como especialista em medicamentos, aos quais contribui de forma orientada o paciente, para que ele consiga alcançar os melhores resultados clínicos e terapêutico. Por isso é necessário atender aos pacientes para identificar e satisfazer suas necessidades e expectativas (Hepler e Strand, 1990).
Em geral, o objetivo principal da Atenção Farmacêutica é identificar, prevenir e resolver todos os desvios que provocam o não alcance do objetivo terapêutico, avaliando os problemas de saúde dos pacientes a partir da perspectiva da necessidade, efetividade e segurança dos medicamentos. Nesse sentido, a dispensação de medicamentos, a indicação terapêutica e o acompanhamento farmacoterapêutico, são atividades incluídas no conceito de Atenção Farmacêutica, que pretendem orientar direta ou indiretamente uma atuação farmacêutica que contribua para elevar a saúde das pessoas que utilizam medicamentos. (Dader, 2000)
A Atenção Farmacêutica nasce da expectativa de que não existam problemas de saúde suscetíveis de serem tratados como intervenção terapêuticas e que todos os tratamentos sejam efetivos e seguros, assim como de promover estratégias que proporcionem boa saúde e previnam doenças. (Dader et al, 2019)
A Atenção Farmacêutica facilita o alcance dos resultados esperados da farmacoterapia e minimiza o aparecimento dos resultados não desejados, o que reflete em impacto positivo no sistema de saúde (Dader et al, 2019), isto porque:
Entretanto, a Atenção Farmacêutica pode ser definida como a participação ativa do farmacêutico na melhora da qualidade de vida do paciente mediante Dispensação, Indicação farmacêutica e Acompanhamento farmacoterapêutico (Dader et al, 2019). Esta participação implica na cooperação com o médico e outros profissionais de saúde, para alcançar resultados que melhorem a qualidade de vida do paciente, assim como sua intervenção em atividades que proporcionem boa saúde e previnem doenças. Trata-se de uma prática profissional na qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do paciente relacionadas com os medicamentos.
Referências bibliográficas
FAUS, M. J. Atención Farmacéutica como respuesta a una necesidad social. Ars Pharmaceutica, [S.l.], v. 41, n. 1, p. 1376-143, 2000. p. 246
FAUS, M.J.; MUÑOZ, P. E.; MARTÍNEZ, F.M; Atenção Farmacêutica: Serviços orientados ao Paciente. São Paulo. RCN Editora, 2019. p. 360.
HEPLER, CD; STRAND LM. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am J Hosp Pharm, Bethesda, v. 47, p. 533-543, 1990.
HEPLER, C. D.; STRAND, L. M. Oportunidades y responsabilidades en atención farmacêutica. Pharm Care Esp., Madrid, v. 1, n. 1, p. 35-47, 1999. (título original: Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am J Hosp Pharm. Bethesda, v. 47, p. 533-543, 1990.)
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE SALUD. El papel del farmacéutico en la atención a la salud: declaración de Tokio. Genebra, 1993.
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