Campo Grande é um município localizado na região Centro-Oeste do país, e é a capital do Mato Grosso do Sul com uma extensão territorial de 8.092,951 km². Segundo o IBGE, a população estimada no ano de 2019 é de 895.982 pessoas, sendo a terceira maior do Região Centro-Oeste e a vigésima segunda do país. Sua densidade demográfica é de 97,22 habitantes/km². Quem nasce em Campo Grande é chamado de campo-grandense.
A história de Campo Grande se inicia com a decadência das minas de ouro de Cuiabá, de Minas Gerais e Goiás que provocaram muitas instabilidades políticas e econômicas nessas localidades. Procurando novas terras para ocuparem, muitos cuiabanos, goianos, paulistas e mineiros iniciaram expedições no Sul do Mato Grosso com o objetivo de descobrirem novas terras férteis para agricultura e pecuária.
Um desses migrantes era José Antônio Pereira, que junto com sua família e seus escravos, saíram de Monte Alegre (MG) em 1872, rumo às terras do Sul de Mato Grosso. Ao atravessarem o Rio Paranaíba, passando por Sant’Ana do Paranaíba – próxima a divisa do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais -, a expedição se acampou nas terras da Serra de Maracaju – próxima a Campo Grande – e se fixaram nessa região por conta da fertilidade do solo, o clima ameno, a existência de pastagens e o seu grande potencial para agricultura.
Com o crescimento da população motivada pela chegada de mineiros interessados nas suas terras férteis, a pequena roça foi delimitada e ganhou à elevação de Arraial de Santo Antônio de Campo Grande, sendo emancipada em 1899 como município recebendo o nome de Campo Grande.
Ao passar dos anos, a cidade foi crescendo em volta da expansão da agricultura e da pecuária. Entretanto, Campo Grande, por conta de sua localização geográfica, tinha importância econômica e estratégica para a Companhia de Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Desse modo, o município recebeu uma estação ferroviária, além de instalações para receber serviços técnicos e burocráticos, ampliando sua ligação com Cuiabá e Corumbá – as maiores cidades do Mato Grosso na época -. Essa construção facilitou a entrada de imigrantes estrangeiros que vieram para o município em busca de oportunidades de trabalho.
Na década de 1920, Campo Grande foi designada para assumir o comando de Circunscrição Militar do país, dando ao município um status de “capital militar” e um destaque à âmbito socioeconômico e político. Quando o Estado do Mato Grosso foi desmembrado dando origem ao atual Estado do Mato Grosso do Sul, em 1979, a cidade foi nomeada a capital estadual da nova unidade federativa.
A cidade começou a crescer rapidamente a partir da década de 1960, com a construção de loteamentos afastados do centro comercial, destinado à pessoas de baixa renda, que aumentou o tamanho do perímetro urbano do município. Como essas pessoas procuravam a parte central de Campo Grande para trabalharem, as rodovia e avenidas tinham o papel de ligar esses novos bairros ao centro, fazendo com o que todas as vias de acesso que circundem a capital convergissem para essa região.
Entre as décadas de 1970 e 1980, a capital sul-matogrossense teve um aumento desordenado em sua população, sobretudo por conta do elevado índice de êxodo rural que ocorreu em todo Estado, decorrentes da concentração fundiária e pelas oportunidades de emprego na cidade. Essa população que foi expulsa do campo ocuparam áreas precárias originando as primeiras favelas do município.
Atualmente, apesar do poder público da cidade reproduzir o slogan “cidade sem favelas”, existem 15 aglomerados subnormais ao longo da extensão territorial de Campo Grande.
A economia da capital é muito diversificada e tem a participação dos três setores econômicos. No setor primário destaca-se a produção de soja, milho, arroz e mandioca, e pecuária, com destaque para a produção leiteira.
No setor secundário, em Campo Grande, segundo o cadastro industrial do IEL, a cidade em 2017, tem 4.826 indústrias espalhadas por todo o município, abrigando 38% das indústrias presentes no Estado. Entre as indústrias destaca-se o ramo do construção civil, da metalurgia e de alimentos e bebidas.
No setor terciário destaca-se a influência do comércio na economia da cidade. Em 2017, o número de estabelecimentos comerciais foi de 53.926, englobando 36,42% de comércios no Estado. Em Campo Grande há também diversas empresas no campo de prestação de serviços, destacando-se o serviço de transportes e construção civil.
Segundo o IBGE, em 2016, a capital teve um PIB de aproximadamente R$ 25,4 bilhões, sendo a vigésima oitava maior do país e a terceira da Região Centro-Oeste.
Por conta da quantidade de córregos canalizados para construir vias de acesso rápido para o trânsito da cidade, Campo Grande no período chuvoso enfrenta várias ocorrências de inundações, devido à impermeabilização do solo nesses locais.
Outro problema frequente em Campo Grande são os serviços saturados, sobretudo na área da saúde, em que muitas pessoas esperam horas para serem atendidos nos postos de saúde e ainda se deparam com alguns hospitais sem infraestrutura adequada, com falta de materiais e desprovidos de alguns especialistas.
Nos últimos meses, a cidade vem registrando vários focos de queimadas durante o período de estiagem, o que compromete a qualidade do ar e o microclima local da capital.
Campo Grande situa-se na região geomorfológica chamada “Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores” que se caracteriza por um relevo plano com baixas altitudes, com média de 532 metros ao longo do município.
Campo Grande está situado na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, e uma pequena porção de seu território na Bacia do Rio Paraguai. O principal rio é o Anhanduí, que é banhado por vários córregos ao longo de sua rede hidrográfica como o córrego Lageado, Guariroba, Cachoeira, entre outros.
Os córregos Lageado e Guariroba são responsáveis por 80% do abastecimento de água da cidade, junto com a extração de água subterrânea que é bem abundante no município.
O clima predominante de Campo Grande é o Tropical caracterizado por possuir duas estações bem definidas, seca no inverno (entre abril e setembro) e a úmida no verão (entre outubro e março). A pluviosidade média do município é de 1500 mm anuais e a temperatura varia entre 24 e 26 °C. Por conta da influência da continentalidade, Campo Grande tem uma elevada amplitude térmica diária em sua temperatura
Referências:
http://www.campogrande.ms.gov.br/planurb/wp-content/uploads/sites/18/2018/01/perfil-socioeconomico-2017.pdf
http://www.campogrande.ms.gov.br/planurb/wp-content/uploads/sites/18/2017/01/36502_RAA_Capitulo1.pdf
https://www.midiamax.com.br/cotidiano/2017/depois-de-anos-sem-favelas-campo-grande-ja-tem-15-ocupacoes-2
https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2019/03/02/com-historico-de-inundacoes-campo-grande-registra-problemas-nas-mesmas-regioes-ha-10-anos.ghtml
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