O relevo do Pará, ao longo de sua extensão territorial (1.245.759,305 km²) possui baixas altitudes oriundas da planície amazônica, onde 60% do território paraense tem no máximo 200 metros de elevação altimétrica. Em uma pequena parte do Estado, mais precisamente na porção norte há a presença de depressões e pequenos planaltos.
Ao longo do relevo paraense, existem cinco subdivisões morfoestruturais que constituem a unidade de relevo do Estado. São elas: Planaltos/Serras Cristalinas, Depressões Interplanálticas, Planaltos Sedimentares, Planície Amazônica e Terraços.
Os Planaltos/Serras Cristalinas são constituídos por um relevo mais escarpado (marcado por encostas mais íngremes) que foram formadas pela erosão de rochas sedimentares. Esse tipo de unidade de relevo está presente em grande parte do Sul do Pará, e onde estão situadas os pontos de maiores altitudes do relevo paraense - que variam entre 500 e 800 metros -, como a Serra do Cachimbo e a Serra dos Carajás.
Nesse tipo de unidade de relevo é onde encontra-se as principais mineradoras que operam no Estado do Pará. Na Serra de Carajás há um depósito ferrífero que contém aproximadamente 18 milhões de minério lavrável, sendo o maior do mundo, e há também uma grande quantidade de recursos minerais como manganês, níquel, cobre, ouro, entre outros. A extração desses minérios possui importante participação econômica do PIB do Estado e possibilitou a ocupação e a criação de municípios em volta da Serra.
As Depressões Interplanálticas é uma unidade composta por relevos colinosos que são sustentadas por rochas cristalinas. Sua ocorrência se dá nas regiões Sul e Noroeste do estado, e se apresenta sob a forma de morros e colinas com altitudes que variam entre 100 e 400 metros de elevação.
Os Planaltos Sedimentares compostos pelo Planalto do Tapajós, Planalto Rebaixado da Amazônia e Planalto Setentrional do Pará-Maranhão, estão localizados no nordeste paraense, e tem altitudes de até 200 metros. Geralmente, sua paisagem é composta por extensas áreas conservadas e por relevos rebaixados, dissecados (cortado por dois rios) e tabuliformes (áreas de relevo com feições semelhantes a mesas).
Esses planaltos, em grande maioria, são compostos por latossolos e solos lateríticos (enriquecidos em suas superfícies por óxidos de ferro ou alumínios) que são tipos pedológicos que não dificultam a prática agropecuária. Por conta dessa potencialidade, é comum ver a remoção da cobertura vegetal com desmatamentos e queimadas, e a perda de horizontes do solo decorrente ao extrativismo mineral que ocorre na região.
A Planície Amazônica forma relevos planos de baixíssimas altitudes (chegando até 100 metros de elevação). Sua predominância se dá na Ilha do Marajó, no litoral de rias, em áreas próximas de rios e mangues no nordeste paraense. Esse tipo de relevo, em seu processo de formação, se originou a partir de sedimentos que foram transportados pela atividade fluvial. Sua paisagem é composta por:
Nessa unidade de relevo é que são formadas grande parte das praias paraenses, que vem compondo o setor turístico do Estado, onde pode citar o Golfão Marajoara, a Ilha do Marajó, as praias do Rio Tocantins e no setor de rias no nordeste paraense. Em volta dessas praias há toda uma infraestrutura (comércio, hotéis, rede de serviços, restaurantes) para abrigar melhor o turista se constituindo como uma atividade econômica rentável para alguns municípios paraenses.
Os Terraços são formas de relevo que tem um aspecto diferenciado, pois apesar de terem baixíssimas altitudes – chegando no máximo até 10 metros – e de estar próximo aos grandes rios que cortam o território paraense, sua morfoestrutura não sofre influência de inundações.
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Referências:
https://www.mma.gov.br/estruturas/PZEE/_arquivos/geoamaznia_28.pdf
http://livroaberto.ufpa.br/jspui/bitstream/prefix/127/1/Livro_AtlasGeograficoEscolar.pdf
http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/georeferenciamento/paragominas.pdf
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