A Vegetação do Pará, ao longo de sua extensão territorial (1.245.759,305 km²), tem como formação vegetal principal a Floresta Equatorial Amazônica. Entretanto, em território paraense existe a presença de Mangues no litoral – característico de regiões de águas salgadas -, a vegetação de Campos situados na Ilha do Marajó e o Cerrado localizado na Região Sul do Estado.
Grande parte da vegetação do Pará é composta pela Floresta Amazônica, que ocupa mais de 70% do território paraense. Nesse bioma temos três tipos de formações vegetais específicas:
Por conta de sua riquíssima hidrografia e de sua densidade na vegetação, a Floresta colabora diretamente com o clima úmido do Estado, devido ao processo de Evapotranspiração que vai ocasionar em um elevado índice pluviométrico, com chuvas bastante regulares.
Economicamente, a Floresta oferece muitos recursos naturais lucrativos para o Estado. No extrativismo vegetal, há o comércio da castanha-do-pará em alguns municípios paraenses. Em Marabá e Parauapebas, há a produção de carvão vegetal realizada por inúmeras siderúrgicas presentes nessas regiões do Pará. Outras atividades comuns são a pecuária e a extração de madeira.
Todavia, essas atividades econômicas tem trazido algumas consequências socioambientais para a Floresta. Queimadas, a remoção de vegetação para manejos de pastagem, disputas territoriais entre diferentes tipos de povos que vem causando mortes e a redução da fauna e flora são problemas que vem se agravando ao longo dos anos.
Os manguezais é um tipo de ambiente também presente na vegetação paraense – cerca de 390.000 hectares - que tem características próprias, pois se desenvolve na zona litorânea do Estado em solo salino ou salobro presente em ambiente periodicamente inundado e com pouca quantidade de oxigênio. Nessa formação vegetal são poucas as espécies que possuem adaptações à essa meio que lhes permitam sua sobrevivência.
Esse tipo de vegetação promove muitas atividades econômicas por parte das comunidades tradicionais costeiras, como a pesca, o turismo de base comunitária e a apicultura, como por parte das grandes empresários com a extração de madeiras, a cultura da cana-de-açúcar e a coleta de caranguejos.
Porém, problemas vem ocorrendo nesse ecossistema, como o lançamento de poluentes industriais e domésticos no mar, a erosão, alteração na flora e a morte da fauna existente nos manguezais.
Presente no região sul paraense, que apresenta um clima tropical, o Cerrado é outro tipo de vegetação presente no Pará. Suas espécies vegetais são definidas como xeromorfas – árvores que perdem folhas durante o período de estiagem – que se adapta ao clima estacional (seis meses de chuvas e seis meses secos). No bioma predominam três tipos de fitofisionomias:
No entanto, o Cerrado no Pará, vem sofrido alguns impactos socioambientais decorrentes de atividades econômicas praticadas no interior do bioma. O crescimento da produção da soja, em algumas cidades do sul paraense, vem aumentando o desmatamento e a utilização de agrotóxicos, que vem poluindo o solo e os níveis freáticos. Outro problema social é a expulsão de camponeses que trabalhavam na agricultura familiar que foram forçados a vender seus terrenos para grandes latifundiários.
Leia também:
Referências:
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/manguezais/atlas_dos_manguezais_do_brasil.pdf
http://www.eng2018.agb.org.br/arquivo/downloadpublic?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNToiYToxOntzOjEwOiJJRF9BUlFVSVZPIjtzOjQ6IjQyMDMiO30iO3M6MToiaCI7czozMjoiYzdmYzEzNWNkYmU0N2JiMGE1NTA2NzcwZmYxMzc2NTAiO30%3D
https://www.embrapa.br/cerrados/colecao-entomologica/bioma-cerrado
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/manguezais/atlas_dos_manguezais_do_brasil.pdf
https://www.ibflorestas.org.br/bioma-amazonico
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