O relevo do Piauí, ao longo de sua extensão territorial (251.529 km²), possui duas formações gerais. Grande parte de seu território, nas regiões Sul, Sudeste, Sudoeste e Leste piauiense predominam as elevações de planaltos e chapadas do Planalto Brasileiro, comumente chamadas de Planalto da Bacia do Parnaíba. Já na porção norte do Estado, próxima ao litoral, encontra-se a Planície Costeira.
A topografia do relevo piauiense é muito regular, pois 92% da sua extensão territorial possui altitude inferior a 600 metros, enquanto 53% do território está abaixo dos 300 metros de elevação.
O relevo desse tipo geomorfológico presente no Estado do Piauí tem como características principais uma topografia plana com suaves ondulações. Ao longo de sua extensão predomina a presença de chapadas presentes na região central piauiense, com altitudes que variam entre 300 e 600 metros de elevação, e de cuestas que ocorrem em locais onde a camada geológica é mais inclinada, localizadas na porção leste do Estado, cujas altitudes variam entre 500 e 700 metros.
Seus níveis erosivos variam de acordo com o município, onde nas cidades que estão sob o clima Tropical Semiárido registram baixos índices de intemperismo e erosão decorrentes ao longo período de estiagem. As maiores altitudes encontram-se na Serras Grande, Uruçui, Tabatinga e Chapada das Mangabeiras.
Por conta da regularidade de seu relevo, o Estado do Piauí tem uma condição topográfica propícia para a agricultura, sobretudo para o cultivo da soja, que vem crescendo no Estado que é considerado uma fronteira agrícola, fazendo parte do chamado MA-TO-PI-BA.
É nesse tipo de relevo que encontramos o Parque Nacional da Capivara localizado em alguns municípios do Sudeste Piauiense, que contém um imenso sítio arqueológico, resultante da atividade tectônica na região, que atrai muitos turistas que vão ao Piauí.
O Planalto da Bacia do Parnaíba que é uma das maiores bacias sedimentares do país, é vista por pesquisadores como um local propício para a existência de jazidas naturais de petróleo e gás natural nos respectivos Estados que tem a presença desse tipo de relevo. No Piauí, o governo já iniciou as pesquisas para atestar a existência desses recursos em seu território, e já abriu editais de licitação para suas explorações.
Nas bacias sedimentares como o Planalto da Bacia do Paranaíba, o processo de formação desse tipo de relevo está vinculada à sobreposição de camadas de sedimentos, que ocasiona o enterro de restos orgânicos de animais e plantas, seja no oceano ou no subsolo. Desse modo, esses restos soterrados condicionados à maiores pressões e temperaturas são litificados (derretidos) e dão origem aos combustíveis fósseis como o petróleo e o gás natural.
A planície costeira é o outro tipo de relevo presente no Piauí e está localizada na porção norte do litoral piauiense. Sua extensão é de 66 km no sentido leste-oeste, que vai desde a baía das Canárias (situada na divisa com o Maranhão) até o limite com o Ceará, na baía formada na foz dos rios Ubatuba e Timonha. Sua área engloba os municípios de Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande de Santa Isabel e Cajueiro da Praia, todos localizados no litoral do Estado.
Nesse tipo de relevo, predominam sedimentos dos períodos geológicos Terciário e Quartenário (mais recentes). A Planície Litorânea foi modelada por agentes marinhos e fluviomarinhos, que deram origem à um processo erosivo que originou praias, a existência de mangues, lagunas e falésias ao longo do litoral piauiense.
Na planície Litorânea é muito comum notar a presença de Usinas Eólicas, devida à grande potencialidade energética dos ventos da zona costeira piauiense assim como em toda Região Nordeste, em virtude de sua grande velocidade e de seu sentido unidirecional (os ventos tem uma única direção). Estima-se que no Piauí existem 75 usinas com a previsão da implementação de mais 26 até o ano de 2023, que pode colocar o Estado como o terceiro maior produtor de energia eólica do país.
Leia também:
Referências:
http://cerne.org.br/piaui-deve-se-tornar-3o-maior-produtor-de-energia-eolica-do-pais-em-2019/
http://www.mma.gov.br/estruturas/161/_publicacao/161_publicacao03032011023605.pdf
http://www.ojs.ufpi.br/index.php/equador/article/download/6473/3861
http://www.ojs.ufpi.br/index.php/equador/article/view/4321
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