Situado na região Norte do Brasil, o Pará, capital Belém, tem extensão territorial de 1.247.950,003 km², distribuída em 143 municípios, sendo o segundo maior estado brasileiro. Conforme a estimativa populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado tem em 2018 cerca de 8.513.497 habitantes – 3,8% dos habitantes do Brasil -, sendo o mais populoso da região e o nono do país.
Grande parte da população do Pará reside em áreas urbanas (68,5%) e 31,5% habita a zona rural do estado. Segundo o IBGE, as cidades paraenses mais populosas em 2018 são:
Embora seja o mais populoso da Região Norte e o nono no Brasil, o Estado do Pará apresenta em seu interior um grande vazio demográfico. Em 2018, a densidade demográfica do estado foi de apenas 6,07 habitantes por km², caracterizando a unidade federativa como pouco povoada.
Posição | Município | População |
1 | Belém | 1.485.732 |
2 | Ananindeua | 525.566 |
3 | Santarém | 302.667 |
4 | Marabá | 275.086 |
5 | Parauapebas | 202.882 |
A partir do intenso processo de miscigenação no Pará encontra-se no estado uma diversa composição étnica. Desse modo, é comum ver pessoas indígenas, descendentes de africanos, de portugueses, espanhóis, italianos e japoneses.
De acordo com o IBGE, em 2010 existiam aproximadamente 38 mil pessoas que se consideraram indígenas distribuídas em 41 etnias diferentes. Também se destaca a quantidade considerável de quilombolas residentes em território paraense, que segundo dados do Instituto de Terras do Pará (ITERPA), foram registrados 18.300 quilombolas residentes no estado. Outro dado que expressa essa representatividade, é que de 168 terras áreas demarcadas para os quilombos no Brasil, 58 estão situados no Pará.
Em relação à composição étnica no Pará, a grande maioria da população se intitularam como pardos (73%), seguidos pelos brancos (23%), negros (3,5%) e indígenas (0,6%).
Entretanto, essa diversidade étnica no estado remete-se a um dado preocupante, em que segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entre 1985 e 2017 o Pará foi o estado onde mais houve mortes no Brasil decorrentes de conflitos de terra que vitimaram 702 pessoas. Quilombolas, indígenas, populações ribeirinhas frequentemente travam disputas com grandes fazendeiros, latifundiários por conta de territórios na Amazônia.
Perante sua grande diversidade na composição étnica, é importante citar as diversas manifestações culturais que ocorrem no estado paraense. Entre elas podemos citar a Congada (manifestação oriunda do continente africano), a Folia de Reis (festa que atrai muitos turistas), o Carimbó (dança de origem africana), entre outros. Outra manifestação religiosa bastante importante no estado é o Círio de Nazaré, que anualmente é realizado na capital Belém, e se constitui como uma das maiores e mais encantadoras procissões católicas do mundo.
Referentes aos seus índices sociais, o Pará tem um IDH considerado médio com 0,646, sendo o quarto pior do país. Outro dado negativo refere-se à taxa de mortalidade de bebês no estado que está entre os seis piores índices do Brasil, com 19,6 mortes a cada mil nascidos no ano de 2016, um pouco acima da média nacional (13,3 mortes).
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2018, a taxa de analfabetismo no Pará é de 6,6% da população com mais de 15 anos que não sabem ler ou escrever, ultrapassando o limite máximo estipulado pelo Plano Nacional de Educação (6,5%). Isso significa que mais de 500 mil paraenses são analfabetos.
Dentre as causas desse índice negativo pode citar a histórica desigualdade de renda, que diminui o acesso à escola e as oportunidades de trabalho, e a ausência da ampliação de programas voltados à Educação de Jovens e Adultos.
Em relação à expectativa de vida da população paraense, nota-se que esse índice é um dos mais baixos do país. Dados do IBGE apontam que no Pará um habitante vive em média 72,1 anos, um pouco abaixo da expectativa de vida brasileira (75,8 anos).
Referências:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa
http://www.fapespa.pa.gov.br/sistemas/anuario2018/tabelas/demografia/tab_1.1_populacao_total_e_estimativas_populacionais_para_e_municipios_2013_a_2017.htm
http://seplan.pa.gov.br/sites/default/files/PDF/loa/loa2019/mapa_de_exclusao_social_do_para_2018.pdf
https://jornalggn.com.br/violencia/para-lidera-o-ranking-de-assassinatos-por-conflitos-de-terra/
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