A República de Chipre (Κυπριακή Δημοκρατία, em grego) é uma república localizada na ilha de mesmo nome, a leste do mar Mediterrâneo e da Grécia. Com uma área de 9.251 km², pouco maior que o Distrito Federal, Chipre conta com uma população atual de cerca de 880 mil habitantes. A língua oficial do país é o grego (além de uma minoria que usa a língua turca) e a sua capital é Nicósia. Como membro da União Europeia, a moeda local é o Euro. A maioria dos cipriotas segue o cristianismo, mas uma significante minoria de origem turca pertence à religião islâmica.
Os primeiros assentamentos humanos em Chipre remontam a cerca de oito mil anos. A ilha esteve sob o controle de assírios, egípcios, persas, gregos, e romanos. A partir de 364 d.C., Chipre permanece sob o domínio bizantino. O rei Ricardo I, Coração de Leão, da Inglaterra toma posse da ilha durante um curto período em meio às Cruzadas, passando o controle desta aos francos no final do século XII. Chipre é cedida à República de Veneza em 1489 e conquistada pelos turcos otomanos em 1571.
Os otomanos aplicam na ilha o sistema "millet", que permitiu às autoridades religiosas governar suas próprias comunidades não-muçulmanas. A maioria dos turcos que lá se instalaram permaneceram quando o controle de Chipre (embora não a soberania) foi cedida à Grã-Bretanha em 1878. A ilha foi anexada formalmente pelo Reino Unido em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial e tornou-se uma colônia da coroa em 1925.
A independência de Chipre é concedida em 1960, depois de uma campanha anti-britânica pelo grupo cipriota grego EOKA (Organização Nacional de Combatentes Cipriotas), um grupo guerrilheiro que desejava a união política, ou enosis, com a Grécia. Como presidente é eleito o arcebispo Makarios, carismático líder religioso e político.
Logo, porém, surgem desavenças sob a interpretação das leis estabelecidas, e os dois grupos importantes na ilha, os gregos e os turcos entram em confronto. Os turco-cipriotas deixam de participar do governo, e a violência se espalha entre as comunidades. Em 1974, a junta militar que governava a Grécia dá apoio a um grupo extremista cipriota que desejava dar um golpe de estado na ilha, e derrubar o governo do arcebispo Makarios, acusado de adotar práticas comunistas e abandonar a enosis. Com o argumento de proteger a comunidade turca na ilha, a Turquia envia tropas, que ocupam 38% da ilha.
Os cidadãos de origem turca se mudam para o nordeste de Chipre e o país é dividido em dois, sendo a fronteira conhecida como Linha Verde. No norte, os turcos fundam a RTNC (República Turca do Norte de Chipre), sob o comando do turco-cipriota Ralph Denktas (Denktash), reconhecida apenas pela Turquia.
A unificação sob um único governo é ainda o programa principal de todo líder cipriota, inclusive do mais novo chefe de estado, pertencente ao partido comunista. A Turquia tem particular interesse em ver a situação resolvida devido às suas aspirações de integrar a União Europeia.
Bibliografia: Background Note: Cyprus (em inglês). Disponível em:
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