CPLP é a sigla referente a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, organização fundada em 17 de julho de 1996, que tem por objetivo procurar uma maior união e cooperação entre seus integrantes, de língua oficial portuguesa, que atualmente são oito: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé & Príncipe e Timor.
O primeiro passo para a criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em novembro de 1989, durante o primeiro encontro de chefes de Estado e de Governo de países de língua portuguesa, que na época não contava com Timor Leste, pois o atual país só alcançaria sua independência em 2002. Do encontro, resultou a criação do IILP, Instituto Internacional da Língua Portuguesa, destinado à maior difusão do idioma português pelo mundo. A partir dessa primeira iniciativa, intensificaram-se os contatos entre os dirigentes dos sete países, dando origem, sete anos depois à atual comunidade, que tem como dirigente, um Secretário Geral, Domingos Simões Pereira, de Guiné-Bissau.
Não obstante a cooperação mantida desde então e os resultados colhidos pela organização, há certa controvérsia a respeito da entrada de certos membros. Macau, antigo território português na China, por exemplo, tem como línguas oficiais o chinês e o português, porém ainda não ocupa posição alguma na organização, apesar de discussões e convites para trazer o território para o seio da organização. Em situação similar encontra-se o território da Galiza, onde, junto com o norte de Portugal, localiza-se o embrião da língua portuguesa histórica. Por motivos políticos e certa tentativa de controle mais sistemática por parte de Espanha, da qual a Galiza faz parte, foi sendo estabelecida controvérsia de que tal território não é de língua portuguesa, e sim de língua galega, ou seja, há dois tipos distintos de cultura. Uma análise mais acurada, porém, mostra que a ligação entre língua portuguesa e galega é extremamente forte, diferindo somente em detalhes mínimos de grafia e vocabulário (o alfabeto e grafia do galego foram estabelecidos por estudiosos espanhóis, por exemplo). Enquanto isso, a Galiza segue fora da CPLP, mesmo havendo apoio forte entre seus dirigentes para sua adesão, bem como uma candidatura para sua entrada, a ser aprovada pela Espanha.
Importante lembrar também a tentativa da Guiné Equatorial, em recente reunião dos Chefes de Estado da CPLP, de se tornar o nono membro da comunidade. Apesar de ser país de língua espanhola, há quase um ano esta nação africana adotou o português como língua co-oficial, e agora passa por um processo de aceite de sua adesão, que provavelmente deverá se concretizar no futuro. Aliás, o território do atual país ficou mais tempo sob o domínio de Portugal (cerca de 1474 até 1778) do que da Espanha (até 1968).
A CPLP atua em todos os aspectos dos países membros, buscando unificação e cooperação, educacional, econômica, social, política, entre outras áreas. Foi importante sua atuação em conflitos na Guiné-Bissau, Angola e Timor, ajudando a estabelecer diálogos entre entidades políticas beligerantes naqueles países, contribuindo para o fim de crises sociais e políticas.
Bibliografia: http://www.cplp.org/Default.aspx?ID=45 - Página oficial da CPLP - Histórico - Como surgiu? http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_dos_Pa%C3%ADses_de_L%C3%ADngua_Portuguesa - Wikipédia - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa http://ciberduvidas.sapo.pt/articles.php?rid=101 - A língua portuguesa na Galiza
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