A destinação dos resíduos sólidos gerados por diferentes setores e atividades humanas é considerada uma questão de saúde pública, e causa preocupação tanto ao governo como à população de um modo geral. O destino dos resíduos está relacionado com o tipo de material que os constituem, já que em alguns casos os componentes podem ser considerados perigosos, sendo necessário uma destinação adequada diferente daquela dada aos resíduos comuns. Assim, os métodos de tratamento são variados e também dependem da composição do resíduo: aterros sanitários e industriais, incineradores, compostagem, biogaseificação e confinamento permanente. Os aterros são considerados a solução mais prática e barata para o descarte de resíduos urbanos (aterros sanitários) e industriais (aterros industriais), diferente dos incineradores que reduzem o lixo a cinzas, mas são considerados poluidores por gerarem, durante o processo de queima, dioxinas e gases estufa. Já o confinamento permanente é utilizado para materiais altamente tóxicos, considerados perigosos, e que não se decompõem, como resíduos nucleares e hospitalares.
O lixo tóxico é resultante do processo de queima do combustível nuclear, gerando material radioativo. Por conta do elevado risco de contaminação, esse resíduo é considerado perigoso à saúde da população e ao meio ambiente, e deve ser enterrado em local próprio e inacessível. Esse tratamento dado ao lixo altamente tóxico é chamado confinamento permanente, e se resume a abordagens como a construção de túneis escavados por grandes profundidades, chegando a quilômetros abaixo do solo.
Já o lixo hospitalar ou resíduo hospitalar, é o nome dado aos resíduos provenientes de ações médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, possuindo classificações de acordo com seu grau de contaminação. O grupo B, ou químicos, são os resíduos que apresentam substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independentemente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade ou toxicidade. São exemplos de resíduos pertences ao grupo B os medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X. Outro grupo de lixo hospitalar é o grupo C de rejeitos radioativos, composto por materiais que apresentam radioatividade em carga acima do padrão, e que não possam ser reutilizados como os exames de medicina nuclear por exemplo. Neste grupo estaria a bomba de Césio 137, cujo lacre foi violado por dois jovens catadores de papel acarretando na tragédia de Goiânia em 1987.
Atualmente tem surgido o problema relacionado a destinação dos resíduos sólidos, já que os aterros estão ficando cada vez mais raros, dada a dificuldade de se aprovarem áreas para o despejo de lixo. Assim, os locais existentes estão cada vez maiores e mais distantes. Algumas opções foram levantadas como enterrar o lixo nuclear no fundo do mar, prática que se deu entre 1946 a 1993, e então banida por meio de tratados internacionais. Nos anos 1970, a Alemanha começou a converter duas minas de sal antigas em locais de armazenamento de lixo nuclear. Na época um estudo previu que o fluxo da mina aumentaria com o passar do tempo, levando a um vazamento incontrolável e implicando diretamente em contaminação pelo conteúdo nuclear.
Referências bibliográficas
[1] HORTA, S. D. P. A Importância da Coleta Seletiva. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-coleta-seletiva/28224/.
[2] Lixo tóxico. Disponível em: http://meioambiente.culturamix.com/lixo/lixo-toxico-o-que-e-e-como-evitar.
[3] Lixo hospitalar. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/3237-lixo-hospitalar.
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