A vermicompostagem é uma técnica que faz uso de minhocas e resíduos orgânicos, como restos de alimentos, para dar origem ao adubo orgânico chamado de vermicomposto ou húmus. É possível utilizar-se de qualquer material que se decomponha para produzir esse adubo. Seus benefícios estão relacionados com o enriquecimento do solo e, portanto, maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas, além de favorecer a entrada de ar e circulação de água no solo. Também acarreta em melhor estruturação do solo e produção de alimentos de mais qualidade. A vermicompostagem pode ser feita em pequenos espaços, como casas ou apartamentos em uma composteira doméstica.
A composteira consiste em três ou mais caixas empilháveis de plástico, que podem ser compradas prontas ou improvisada com potes de sorvete por exemplo, ou embalagens recicláveis. Ao encaixá-las, deverão ser feitos furos no fundo, de modo que as caixas se conectem. A primeira e a segunda suportarão os resíduos orgânicos picados, depositados sucessivamente em camadas e organizados em fileiras. É importante que haja sempre do seu lado oposto, uma camada de composto pronto e livre de resíduos que servirá para acomodar as minhocas. Essa “cama” é como um local de segurança, devendo existir em ambas as caixas digestoras. As minhocas migram pelas caixas, subindo e descendo, usando os furos feitos em sua superfície. A última caixa serve como coletora para armazenar o chorume orgânico produzido. O substrato adequado para as minhocas possibilita que possam ingerir ¼ do seu próprio peso diariamente.
As minhocas vermelhas (pertencentes às espécies Eisenia foetida ou Lumbricus rubellus) são a melhor escolha para o vermicompostor. Essas minhocas crescem e se reproduzem facilmente em espaços pequenos. Além de penetrar na terra e com seus movimentos arejar e descompactar o material, é da sua alimentação que vem o vermicomposto, que nada mais é do que sua excreta. O ambiente ótimo para elas se desenvolverem é entre 13ºC e 25ºC, uma vez que acima dessa temperatura há risco de morte. As minhocas também devem ser mantidas em ambiente úmido devido sua pele permeável, utilizada para respiração. Já o excesso de água pode matá-las afogadas. Por fim, o arejamento do material orgânico deve permitir a circulação de ar necessária para a respiração dos organismos. As minhocas recolhidas são reutilizadas na produção de vermicomposto de nova partida de resíduos orgânicos e o excedente pode ser aproveitado na alimentação de rãs, peixes, camarão-da-malásia, aves, etc., ou mesmo comercializadas, quando for o caso.
A umidade é fator limitante para o processo de vermicompostagem. Para conferir se o estado é ideal, pode-se apertar uma amostra do substrato na mão, e se houver umidade, mas não o bastante para que a água escorra, é o suficiente. Durante a vermicompostagem, deve-se ter o cuidado com os predadores das minhocas, como por exemplo as sanguessugas que fixam suas ventosas no corpo da minhoca para se alimentarem, e até mesmo pequenas aves. Ao contrário da compostagem, na vermicompostagem não é necessário o reviramento do substrato na composteira. O tempo para que o vermicomposto fique pronto varia com a composição original dos resíduos, mas em geral durando entre 45 dias e 90 dias de acordo com a fibrosidade nos materiais depositados para a digestão.
Referências bibliográficas
[1] Vermicompostagem. Disponivel em: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/2532-o-que-e-vermicompostagem-passo-a-passo-dicas-como-fazer-compostagem-caseira-minhocas-minhocario-composteira-domestica-apartamento-vantagens-reciclagem-sustentavel-lixo-organico-adubo-natural-onde-encontrar-comprar-adquirir.html
[2] Vermicompostagem. Disponivel em: https://www.hortabiologica.com/vermicompostagem/
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