No mundo atual, toda nação com um mínimo de organização estatal necessita de números confiáveis sobre a aferição do nível de emprego dentre a PEA (População Economicamente Ativa), ou seja, aqueles em plenas condições de ocupar um lugar no mercado de trabalho. Com este dado em mãos, o poder público terá uma valiosa ferramenta no momento de compor toda e qualquer política direcionada à geração de empregos. As estatísticas dedicadas ao nível de emprego da população irão dar uma estimativa sobre quantas pessoas estão empregadas, o tipo de trabalho que exercem, os hábitos do trabalhador médio e também o nível da oferta de emprego e qual o setor responsável pelo maior número de contratações.
No meio destas estatísticas, há que se apurar exatamente o número de pessoas devidamente empregadas, e o número total de empregos, coisas distintas, que não se constituem exatamente no complemento uma da outra, pois, uma pessoa pode ter um ou dois empregos, e, por outro lado, muitos empregos oferecidos não possuem suas vagas preenchidas, às vezes por falta de pessoal qualificado, outras por desinteresse total, em uma sociedade na qual os salários e a oferta de emprego ofereça trabalhos de melhor remuneração combinados a um esforço menor por parte do trabalhador.
A principal aferição sobre o nível de emprego é realizada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), uma das muitas agências ligada às Nações Unidas. Sob as diretrizes da OIT temos a definição de empregado todo o indivíduo que exerce trabalho por pelo menos uma hora a cada semana. Já a oferta de empregos é aferida pelo equivalente do número de pessoas empregadas mais o número de trabalhos secundários, terciários, etc. exercidos pela mesma pessoa. Assim:
número de empregos = número de indivíduos empregados + número de trabalhos secundários + número de trabalhos terciários, quaternários, etc.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) se ocupa, além do estudo de muitas outras estimativas entre as mais variadas disciplinas, a de medir o nível de emprego no Brasil, realizando localmente o estudo que a OIT realiza em nível mundial. Recentemente, descontente com os níveis aferidos pelo IBGE, o Ministério do Trabalho pretende organizar o seu próprio método de determinação do nível de emprego. É comum nos demais países a existência de institutos dedicados a medir a oferta de emprego, sendo, porém, que os números extraídos nem sempre refletem a realidade do país, pois algumas dessas instituições estão ligadas à máquina estatal, concentrando-se em produzir números que promovam e difundam uma boa imagem do mandatário no poder.
Bibliografia: How exactly is unemployment measured? Disponível em http://www.statistics.gov.uk/downloads/theme_labour/employment.pdf . Acesso em 22/05/2011. (em inglês)
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