Europa é o nome dado a uma das 66 luas do planeta Júpiter. Está entre as quatro maiores, com um diâmetro de 3121,6 km, sendo um pouco menor que a Lua terrestre. Originalmente designada Júpiter II por Galileu (por ser o segundo satélite de Júpiter em distância; os outros quatro satélites descobertos receberiam numeração correspondente à sua distância do planeta), Europa era na mitologia grega a filha de Agenor. Raptada por Zeus, que havia tomado a forma de um touro branco, ela ficou tão encantada com o dócil animal, que o decorou com flores e o montou. Zeus aproveita a oportunidade e a leva até a ilha de Creta, onde se revela em sua forma verdadeira. A partir daí, Europa teria muitos filhos com Zeus.
Europa foi descoberta a 8 de janeiro de 1610 pelo astrônomo Galileu Galilei. Foi a primeira vez que uma lua foi descoberta orbitando um planeta além da Terra. A descoberta foi importante ainda para confirmar o entendimento de que os planetas giram em torno do Sol e não em torno da Terra.
O núcleo deste satélite gelado é metálico, composto em grande parte por ferro e níquel. Este é rodeado por um escudo rochoso que é por sua vez rodeado por um escudo de água em forma líquida abaixo de outra sólida congelada. As imagens de Europa obtidas pela Galileu sugerem que um oceano de água líquida pode estar por baixo de uma camada superficial de gelo com uma espessura de quase dez quilômetros.
A cada 3,5 dias Europa completa uma órbita em torno de Júpiter, e como a Lua da Terra, exibe sempre a mesma face para o gigante gasoso. No entanto, sua órbita excêntrica elíptica determina as alturas de suas marés, mais elevadas quando próximo a Júpiter. Assim, as forças de maré aumentam e diminuem o mar debaixo de sua crosta de gelo, causando um movimento constante que provavelmente causam as rachaduras vistas nas imagens da superfície de Europa.
Esse constante movimento das marés de Europa causam ainda um aumento na temperatura da lua além do normal. Apesar de sua distância em relação ao Sol ser cinco vezes maior que a da Terra, além da crosta de gelo, o calor do oceano de Europa seria suficiente para sustentar a vida.
Campos escuros entrecruzados vistos nas imagens de Europa representam os extensos efeitos das fraturas e de possível erupção de gases e material rochoso do interior da lua. Acredita-se que muitas das manchas escuras entre as rachaduras resultaram também de impacto de meteoros. Dezenas de crateras pouco profundas vistas em alguns terrenos são provavelmente crateras de impacto. Uma cratera de impacto foi descoberta recentemente e fotografada pela câmera da sonda Galileu da NASA.
Bibliografia: HAMILTON, Calvin J; DIAS, Fernando; CENTIEIRO, Paulo.Europa. Disponível em:
Europa: Overview (em inglês). Disponível em:
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