Fernando Sabino nasce no dia 12 de outubro de 1923, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Sua mãe, Odete Tavares, o ensina a ler e escrever e em 1930 ele ingressa na escola. Assim como muitos poetas brasileiros, ele também foi um escritor precoce publicando, adolescente, o seu primeiro conto policial na revista Argus.
Estimulado pela família e com muito empenho pessoal, Fernando Sabino ganha inúmeros concursos de crônicas e contos, com destaque para o concurso da revista Boa Nova que tinha em sua banca julgadora o também escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade.
Muito dedicado, não demorou para que o escritor contribuísse com textos para grandes revistas e jornais. Aos 15 anos era colaborador da revista Mensagem e editor do jornal Folha de Minas e também escrevia para a revista Clima (SP), dirigida pelo grande crítico literário Antonio Cândido.
Em 1941, Fernando Sabino inicia o curso superior na Faculdade de Direito de Minas Gerais. No mesmo ano ele faz uma coletânea dos seus contos e publica sob o título Os Grilos não Cantam Mais e segue sendo colaborador e editor (Dom Casmurro, Vamos Ler, Anuário Brasileiro de Literatura).
No ano de 1942, trabalha na Secretaria de Finanças de Minas Gerais e dá aulas de Língua Portuguesa no Instituto Padre Machado. Estagia, por três meses, no Quartel de Cavalaria de Juiz de Fora, sua experiência pessoal rende episódios cômicos para o livro O Grande Mentecapto.
Entre o final da década de 1940 e durante as décadas seguintes, Fernando Sabino vê sua carreira se consolidar a partir da sua vasta produção, que consegue conjugar a realidade obscura da vida e o humor escondido por trás dela. A comicidade peculiar do escritor permite que ele aborde a metafísica misteriosa e caótica que compõe o mundo com mais leveza e, portanto, o conjunto da sua obra nos presenteia com uma desconstrução progressiva da realidade por meio do riso.
O auge da estreia literária de Fernando Sabino é quando ele recebe uma carta do escritor modernista Mário de Andrade. Após a primeira troca de correspondências, começa a se configurar uma amizade fiel e duradoura, interrompida pelo falecimento de Mário. Por meio das cartas, Fernando pedia conselhos literários ao amigo modernista e eles discorriam sobre estilo, o processo de escrita, engajamento da arte ou arte pela arte, dentre outros, até chegarem ao ponto de discutir questões pessoais.
Obras (algumas):
Referências:
COSTA, Suzana Barbosa. Encontro Marcado com a Crônica no Romance de Fernando Sabino, 2007. 120 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Crítica Literária). PUC-SP, São Paulo, 2007.
CULTURAL, Itaú. Enciclopédia. Fernando Sabino. Disponível em:
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