Marcelo Rubens Paiva

Marcelo Rubens Paiva nasce no dia 1 de maio de 1959, na cidade de São Paulo. Aos seis anos de idade muda-se para o Rio de Janeiro, após seu pai, Rubens Paiva, ter sido perseguido pelo regime militar e precisar se exilar. Em 1971, o seu pai é capturado, torturado e morto. Diante do desaparecimento de Rubens Paiva, o corpo nunca foi encontrado, a família de Marcelo se vê obrigada a mudar de cidade.

Em 1974, Marcelo Rubens Paiva retorna para São Paulo e nesta época já dava os primeiros passos da carreira literária. Escrevia para o jornal da escola que estudava, o Colégio Santa Cruz, e a produção de composições o levou à final do Festival de Música Universitária da TV Cultura, no ano de 1979.

Estudou Engenharia Agrícola na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e, posteriormente, Teoria Literária. Aos 20 anos sofreu um acidente após saltar em um lago e bater em uma pedra, fraturando a quinta cervical e ficando paraplégico. Depois de intensos tratamentos de fisioterapia e terapia ocupacional recobrou o movimento das mãos e dos braços.

Neste período, Marcelo Rubens Paiva ingressa no curso de Rádio e TV da Escola de Comunicações e Arte (ECA), na USP, em 1982, e a partir daí escreve em fazinzes e revistas literárias. No mês de dezembro do mesmo ano, publica o seu primeiro livro Feliz Ano Velho. O livro lhe rendeu notoriedade literária, sendo traduzido para diversas línguas e alcançando a marca de livro brasileiro mais vendido da década de 80.

Em 1986, lança o segundo romance Blecaute. Inicia a carreira em televisão como produtor, diretor e apresentador trabalhando, por exemplo, na TV Cultura no programa Leitura Livre. Da televisão para o teatro foi uma questão de preparação. Marcelo estudou dramaturgia no Centro de Pesquisa Teatral do Serviço Social do Comércio (SP), dirigido por Antunes Filho. Em 1989, estreava como dramaturgo com a peça 525 linhas. O que demonstra que sua criação artística é camaleônica, consegue transitar nos mais variados gêneros.

Na década de 1990, trabalha como colunista do jornal Folha de S. Paulo, lança o romance policial Bala na Agulha, apresenta o programa Fanzine (TV Cultura), publica As Fêmeas, mora nos Estados Unidos como bolsista da Knight Fellowship da Stanford University, lança o romance Não és Tu Brasil e escreve a peça E aí, comeu?. A peça muda de nome para Da Boca pra Fora e vira filme em 2013, com ela Marcelo Rubens Paiva ganha o Prêmio Shell, no ano 2000, de melhor autor no ano.

Na década de 2000, Marcelo escreve episódios para a TV Globo para os programas: Sexo Frágil, Zorra Total e Fantástico. Neste mesmo período escreve, junto com Mauro Lima, As Aventuras de Tiazinha, para a TV Bandeirantes.

Em 2004 passa a escrever para o jornal O Estado de S. Paulo e também para o blog do jornal. Em 2006, ganha o Prêmio TopBlog de melhor blog de comunicação.

Em 2016, participou da concepção artística da cerimônia oficial de abertura dos jogos Paralímpicos. No mesmo ano, não aceita receber a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, alegando não aceitar homenagens de governo não eleito pelo voto direto.

Marcelo Rubens Paiva e autor contratado da Editora Companhia das Letras e tem grande destaque nas redes sociais, sendo eleito a sexta personalidade brasileira mais influente no Twitter nacional.

Obras (algumas) e Prêmios (alguns):

  • Malu de Bicicleta (roteiro), 2012 – Prêmio Cinema da Academia Brasileira de Letras;
  • Ainda estou aqui, 2015 – indicado aos prêmios Jabuti, Oceanos e Governador do Estado;
  • O menino e o Foguete, 2016;
  • Meninos em Fúria, 2016.

Referências:

SANTOS, Darlan Roberto dos. Trinta Anos de Feliz Ano Velho: Marcelo Rubens Paiva e os anos de Chumbo. Revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro, v.4, n.7, p.13-29, 2012. Disponível em: . Acesso em: 19 dez. 2018.

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