A República de Fiji (Republic of Fiji, em inglês; Matanitu ko Viti em fijiano; Fijī Gaṇarājya em hindi fijiano) é um país independente localizado no Pacífico sul, formado por duas ilhas principais, Vanua Levu e Viti Levu, além de outras 330 ilhas bem menores. Próximo a Fiji está a Ilha Norte da Nova Zelândia, Vanuatu a oeste, Nova Caledônia a sudoeste, Tonga a leste, as Samoas e Wallis e Futuna a nordeste e Tuvalu a norte. A capital do país é Suva, e a sua área total é de 18,376 km², um pouco menor que o Estado de Sergipe. A população é de 851.745 mil habitantes, sendo a maioria fijianos, predominantemente melanésios, com alguma mistura polinésia. Outros grupos étnicos importantes são os indo-fijianos, rotumanos (povo formado pelas três grandes etnias do pacífico, melanésios, polinésios e micronésios), além de outras comunidades minoritárias, que incluem europeus, chineses e imigrantes de outras ilhas do Pacífico. As principais religiões são o cristianismo, o hinduísmo e o islamismo. Como línguas oficiais, o país adota o inglês, o fijiano e o hindi fijiano. A moeda é o dólar de Fiji.
Povos melanésios e polinésios se estabeleceram nas ilhas Fiji há cerca de 3.500 anos atrás, e os comerciantes europeus e missionários chegam na primeira metade do século XIX. A perturbação resultante levou a guerras cada vez mais graves entre os nativos de Fiji.
Um Ratu (chefe), chamado Cakobau, ganhou controle limitado sobre as ilhas ocidentais de 1850, mas a constante anarquia levou uma convenção de chefes a ceder Fiji incondicionalmente aos britânicos em 1874. Entre 1879 e 1916 mais de 60 mil indivíduos são trazidos do subcontinente indiano para trabalhar nas plantações de açúcar, o que dá origem à comunidade indiana do país, que exerce grande influência política e social, entrando constantemente em choque com os fijianos nativos.
Na Segunda Guerra Mundial, soldados fijianos lutaram ao lado dos aliados, ganhando boa reputação na dura campanha das Ilhas Salomão. Em 1970, uma conferência constitucional em Londres decide que Fiji deve se tornar uma nação totalmente soberana e independente dentro da Commonwealth, o que acontece a 10 de outubro.
A partir de então, Fiji vem convivendo com períodos de calmaria, seguidos de outros de grande instabilidade, sendo a mais recente ocorrida em 2009, quando o presidente Ratu Josefa Iloilo revoga a constituição, gerando uma crise institucional, o que acarreta em mais uma suspensão de Fiji da Commonwealth. As disputas são fruto da rivalidade entre os descendentes de indianos e os fijianos, que, ao longo da história da jovem república, deu origem a vários golpes de estado, censuras, prisões, desrespeito aos direitos humanos e sanções de organismos internacionais.
Bibliografia: Fiji profile (em inglês). Disponível em:
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