Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Barramonde (Ferrol, Galiza, Espanha, 4/12/1892 - Madri, Espanha, 20/11/1975) foi um general e chefe de estado espanhol. Franco liderou um governo de orientação fascista na Espanha de 1936 até sua morte, em 1975.
Oficial de infantaria, Franco ganhou respeito entre seus pares através de campanhas militares realizadas na África, destacando-se pela frieza em combate. Serviu no Marrocos Espanhol de 1910 a 1927, onde combateu os nacionalistas marroquinos, onde ao final de sua presença naquele território, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931 irá dirigir a Academia Militar de Saragoça.
Com o golpe que derrubou a monarquia e instalou a república na Espanha em 1931, é afastado de cargos de responsabilidade. Dois anos depois, porém, com a mudança para um gabinete de orientação mais à direita, incumbe-o de reprimir os mineiros das Astúrias, que haviam criado um soviete (república socialista). Franco cumpre a missão, de modo extremamente violento.
No ano seguinte, é nomeado chefe do Estado Maior Central, ao mesmo tempo em que a situação política na Espanha torna-se tumultuada. São realizadas eleições, onde os partidos de esquerda (Frente Popular) saem vitoriosos, mas as agremiações de direita recusam-se a aceitar a derrota, e arquitetam um golpe de estado. Algumas regiões da Espanha recusam-se a capitular aos golpistas, especialmente as grandes cidades e centros industriais, e a Espanha entra em guerra civil.
O conflito irá encontrar Franco como governador das Ilhas Canárias, a partir da qual Franco lança uma ofensiva contra a Frente Popular. Das Canárias, Franco avança pelo Marrocos , chegando até o território espanhol. Muito de seu sucesso é devido ao apoio da Itália Fascista e da Alemanha Nazista, que aproveitam para experimentar muitos de seus novos armamentos nos rebeldes da Frente Popular. Internamente, Franco dispunha de apoio da Igreja, fator determinante de orientação do povo, além do apoio de boa parte da classe militar. Os rebeldes de esquerda receberão voluntários de todas as partes do mundo, as Brigadas Internacionais.
Em janeiro de 1938, Franco une os partidos de direita, tornando-se chefe de estado e de governo, instalando um regime ditatorial marcado pela repressão, tortura e fuzilamentos.
O extenso período de permanência de Franco no poder irá dar origem a uma forma particular de governo fascista, denominada franquismo. Apesar das conexões com regimes infames, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, Franco habilmente mantém-se no poder, atraindo para si até mesmo uma certa simpatia, em especial do governo dos Estados Unidos, que o via como um eficaz aliado na contenção das ideologias de esquerda na Europa Ocidental.
Franco morre em 1975, tendo antes liquidado o que restava do antes imponente império colonial espanhol. Concedeu independência à porção espanhola do Marrocos (1956), mantendo apenas algumas cidades próximas à Espanha continental, as chamadas "Plazas de Soberanía", que ainda permanecem sob administração espanhola (Ceuta, Melilla, Alhucemas, Chafarinas e Peñón de Vélez). Doze anos depois é a vez da Guiné Espanhola (Guiné Equatorial), e por fim, o Saara Espanhol (1975), cujo status é até hoje discutido, pois permanece ocupado por forças marroquinas.
O último gesto político de Franco foi restaurar a monarquia, estabelecendo que o príncipe herdeiro, Juan Carlos I deveria sucedê-lo após sua morte, o que de fato aconteceu, mantendo ainda hoje a Espanha como monarquia restaurada.
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Bibliografia: General Francisco Franco (em inglês). Disponível em
Francisco Franco. Disponível em
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