É conhecido como Homo erectus uma espécie crucial na evolução do ser humano atual (denominado Homo sapiens), que parece ter evoluído em solo africano há cerca de 1,8 milhões de anos atrás, migrando posteriormente para a Ásia e depois para a Europa. Acredita-se que a espécie foi extinta há menos de 0,5 milhões de anos atrás e figura na linha evolutiva entre o Homo habilis e o Homo sapiens, sendo que o momento exato e o modo de transformação de uma espécie em outra ainda são desconhecidos. Seu nome é referência ao fato de que neste estágio, este ancestral do ser humano já era capaz de se movimentar predominantemente ereto, tal qual um ser humano moderno.
As principais características distintivas entre o Homo habilis e o erectus incluem o aumento do tamanho do cérebro, a presença dos cumes da testa, um rosto encurtado e com uma projetada abertura nasal.
Já em comparação com o Homo sapiens, o vão através do qual corre a medula espinhal nas vértebras cervicais e torácicas é significativamente menor do que no homem moderno, indicando uma menor demanda de tráfego de sinal nervoso. Além disso, sua pelve é de dimensões menores.
Um símbolo de conquista tecnológica do Homo erectus foi uma ferramenta de pedra, a machadinha em forma de lágrima. Estes instrumentos que são geralmente chamados machadinhos acheulianos surgem em depósitos arqueológicos na área da garganta de Olduvai de cerca de 1,4 milhão de anos de idade.
Várias conquistas na linha da evolução humana são atribuídas ao erectus, como por exemplo, a sua migração inédita para fora do continente africano, sendo que a época de tal movimento (bem como a razão para isso) é ainda objeto de controvérsia, mas acredita-se que tal ocorreu há cerca de um milhão de anos atrás. O tamanho do cérebro em relação ao habilis aumentou, variando entre 850 e 1100 centímetros cúbicos, bem como o tamanho do corpo, atingindo em média 1,8 metros no sexo masculino e 1,55 metros no feminino. Há dúvidas acerca de se estes ancestrais do ser humano moderno usavam uma língua falada, questão que ainda paira no campo da especulação. É consenso, porém, que o erectus já era capaz de uma vida mais complexa do que a de seus ancestrais, com um período de infância mais estendido e a capacidade de desenvolver ferramentas para caça.
Um dos fósseis de Homo erectus mais conhecidos é o do chamado "menino de Turkana". Trata-se de um indivíduo que morreu por volta dos 10 anos de idade e viveu há cerca de 1,6 milhão de anos atrás a oeste do lago Turkana, região norte do Quênia. Sua importância reside no fato de ser o mais completo fóssil humano descoberto e que inclui muitos elementos do esqueleto do Homo erectus que não eram previamente conhecidos.
Bibliografia: Homo erectus (em inglês). Disponível em
Ilustração: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=22949&op=all
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